sexta-feira, 1 de julho de 2016

CLUBE REPUBLICANO

Clube
Republicano
*130 Anos*
História e Tradição
Moises Osiris da Costa Soares



A SITUAÇÃO POLITICA DO BRaSIL / IMPÉRIO - ADVENTO DA REPUBLICA
Para se entender a formação dos Clubes Republicanos, temos que voltar alguns anos da Proclamação da República, de modo a tomarmos conhecimento do processo histórico Republicano. Não é fácil, compulsando a Literatura, traçar um perfil dos últimos anos do Império, devido as grandes controvérsias sobre a imagem do Imperador D. Pedro II. Também não se pode falar em República sem tomar conhecimento das atitudes do nosso Imperador, devido a estrema facilidade com que se destruiu a Monarquia. D. Pedro, criado sem seus pais, era entregue para a sua educação a diversos professores sob a orientação de uma Condensa e o comando político a cargo de José Bonifácio de Andrade e Silva. Mas, o período tumultuado das regências chegaria a ponto de um precipitado comando de D. Pedro II dando unidade ao Império que aos poucos se esfacelava. De fato, a figura do garoto, do moço e mais tarde do homem maduro, trouxe ao Brasil maior equilíbrio e relativo progresso. Estudando o longo reinado de D. Pedro II, verificamos que em certos pontos ele tendia para um grande estadista, pois, inúmeros países sabedores de sua capacidade e senso de justiça o convidavam para árbitro de questões internacionais; outras vezes parecia-lhe faltar aptidão política ou mesmo indecisão para o uso do poder que tinha nas mãos. Era honesto sob todos os pontos, sincero com os deveres familiares, excelente patriota; desprendido pelo dinheiro pois os moços que sustentava em busca de melhores ensinamentos, seriam pagos pelo próprio vencimento de Imperador, não admitia a desonestidade e muito menos a falta de compostura moral. A sua bondade era tão alta quanto a sua cultura, mas quando dava a sua negativa, era preciso muito para o seu convencimento. Mas, o Império era totalitário, as eleições procedidas a bico de pena, davam ainda a chance do Imperador escolher de uma lista, quem deveria fazer parte do Parlamento. No final do império, D. Pedro padecia de uma possível forte esclerose cerebral, o que todos os adeptos do republicanismo sentiam medo de certo dia. serem acordados com um novo mandatário estrangeiro, devido a sucessão da coroa brasileira. Assim evoluía o processo republicano que parecia ter aparecido nos fins do século XVIII quase um século antes da instituição da República. Mas, D. Pedro II, contava com um dos homens mais admiráveis que o Brasil possuiu, era o Barão e depois Duque de Caxias, que sempre nas horas difíceis dava a estabilização ao Império. A este verdadeiro herói nacional, que quando tenente ensinava o garoto D. Pedro a terçar espada ou esgrima, recebeu também uma das poucas injustiças praticadas por D. Pedro nos quase cinquenta anos de reinado. Da época do 1.° reinado até a ascensão ao trono em 1840, tudo parecia normal, o garoto imperador pela sua educação sabia 0 que queria, já distribuía as tarefas para seus assessores, conselheiros e ministros, deve então desde início ter conhecido 0 totalitarismo imperial. Parece que o sonho republicano, continuou no adormecimento, porque a questão de rivalidade com os povos de língua espanhola; o tráfico de escravos e a famosa questão Christie davam a união entre os brasileiros e seu Imperador. Mas, todos os Impérios das América caiam aos poucos, acompanhados pelos 18 de Brumário do velho mundo; em 1861, Lincon, fazia reverter o sentido moral da República de Washington. Este conjunto de fatos e mais as causas puramente internas levariam 0 país a um novo regime, a República. As principais causas internas que ajudaram a proclamação da República, podemos assim simplificar: 1 —Guerra contra O Paraguai—No dia 14 de maio de 1811, 0 Paraguai declara sua independência do jugo espanhol, constituindo-se na República Oriental do Paraguai, com um governo absolutista comandado pelo ditador Francia El Supremo. Em 20 de setembro de 1840 falece o ditador, é posto no governo Carlos Antônio Lopes que continuou a obra de Francia. No dia 10 de setembro de 1862 falece Lopes, para então assumir no dia 16 de outubro seu filho Francisco Solano Lopes. O Brasil, foi o primeiro país a reconhecer o governo Paraguaio e iniciou uma série de ajuda, principalmente militar, mandando uma missão comandada pelo General Cabrita. Mas Solano Lopes, por razões diversas não suportava o Imperador D. Pedro II, então a 11 de novembro prenderam o Coronel Frederico Carneiro de Campos que deveria assumir o governo de Mato Grosso e ainda manda invadir o território brasileiro ocupando Miranda, Corumbá, Albuquerque, Coxim e Nioac. D. Pedro II, com sua paciência não tinha outra alternativa se não declarar guerra ao Paraguai. O Brasil escreve durante esta guerra uma das mais belas páginas de sua história, tendo a frente o nosso Duque de Caxias. No final da guerra contra o Paraguai, inicia a queda do Império brasileiro. Os oficiais que voltavam, ainda escutavam que a única não que era Império totalitário na América era o Brasil e seu exercito era formado por escravos mandados para o fronte à força. Os oficiais que desgraçadamente se sujeitaram as vicissitudes da guerra, eram preteridos em suas promoções por simples pedidos de ministros ou parlamentares que ocupavam os lugares nos Ministérios Militares. O descontentamento contra estes atos do Imperador entrava nas forças armadas, culminando no final da guerra quando da troca do herói Caxias pelo genro Conde D'Eu. 2—Questão Militar: Tudo começou quando o Marques de Paranaguá apresentava um projeto dispondo sobre o montepio obrigatório aos civis e militares, o que o Tenente Coronel Sena Madureira pela imprensa discutia a validade do projeto, sendo chamado atenção pelo Ministro Civil da Guerra, mas o projeto foi arquivado por ser inconstitucional. Isto calou fundo nas forças armadas, onde já reinava o descontentamento. Pouco mais de um ano, o Coronel Cunha Mattos seguiu para Piauí para proceder uma inspeção na Companhia de Infantaria Isolada. Na sua volta solicitou a apuração das irregularidades lá verificadas. Na Câmara, o Deputado Simplício Coelho Rezende atacou violentamente o Coronel Cunha Mattos, que se defendeu pela imprensa. Mas existia um aviso Militar que um oficial não podia tomar a iniciativa de ofender um camarada, sob pena estabelecida nos regulamentos militares.Nos dias 2 e 17 de agosto de 1886, o general Câmara passou a defender o Exército, procurando provar o desacerto do Ministro Civil da Guerra. A favor do Coronel Cunha Mattos, no Senado, o Senador Pelotas desfiava grandes discursos contra o Ministério, estava caracterizada a questão militar. Em 1884 comandava a Escola de Tiro em Campo Grande o Tenente Coronel Sena Madureira e assumia o Ministério da Guerra o Senador Maranhense Felipe Franco de Sá. A Associação Libertadora Cearense mandava em jangada o Senhor Francisco Nascimento, cuja excursão seria parte do movimento dos jangadeiros para não mais desembarcarem escravos no Ceará. O Coronel Sena Madureira em homenagem ao cearense desfilou com toda Escola de Tiro. Sendo destituído do cargo de Diretor, foi transferido para a Escola de Tiro de Rio Pardo no Rio Grande do Sul. Ao chegar naquela Província aliou se ao jornalista Júlio de Castilhos e passou escrever no jornal, criticando a ação do ex ministro da guerra.Interpelado o General De odoro da Fonseca. Comandante das tropas sediadas no Rio Grande do Sul responde favoravelmente ao Tenente Coronel pertencente a seu exército. O Ministro da Guerra desesperou, o Senador Pelotas atacandoo diariamente da Tribuna do Parlamento; 0 General Deodoro que desfrutava excelente liderança no Exército declarava-se favorável aos militares; Júlio de Castilhos, uma das melhores penas do Rio Grande do Sul, em seu Jornal criticavam escrevendo um artigo esperado com ansiedade no Rio de Janeiro. intitulado " Arbítrio e Inépcia", com ataques violentos a Monarquia. Agora o Exército estava completamente cíndido.Sena Madureira não conformado com a repreensão pública procedia pelo Ministro da Guerra, recebia um apoio de todas as forças armadas do Rio Grande do Sul cuja reunião foi proposta por generais aposentados. O Ministro da Guerra sabedor desta reunião interpelou o General Deodoro e este assumiu toda a responsabilidade. O Ministro Cotegipe telegrafa a Deodoro ponderando que ele esta fazendo o jogo dos republicanos; Deodoro responde que não e verdade e que o Ministério quer oprimir o Exército brasileiro. Morre o General Ozório em uma missa em sua memória, o General Câmara altamente estremecido com Deodoro, atravessa a nave da Igreja e vai abraça dizendo que de homens como ele é que o Exército precisa. Quase todas as unidades do Exército espalhados no Brasil hipotecam solidariedade ao seu líder, General Deodoro da Fonseca.Deodoro é transferido para o Rio de Janeiro, lá chegando escreve a seu amigo Imperador D. Pedro II, pedindo clemência aos militares punidos: a resposta logo veio com sua demissão do cargo de Quartel  Mestre  General, incluindo  o na tropa. Mais adesões chegavam, o Império tremia, tudo estava nas mãos do General. Deodoro e o Senador Pelotas contando com o apoio de Rui Barbosa lançam um manifesto a Nação, parecia que o Império cairia foi quando o Senador Saraiva propôs uma Comissão composta dos Senadores Ouro Preto e Silveira Martins para apresentarem uma Lei que com urgência votada dava ganho de causa aos militares punidos. A moção de Silveira Martins teve somente três votos contrários. O governo Imperial entrava em agonia.3—Questão Religiosa: Em 1854, o Senador Nabuco, conhecendo a decadência desenfreada do clero, obtém permissão do Imperador e de alguns Bispos para propor a contenção da crise na Igreja Católica, extensivas aos Conventos onde reinava a indisciplina, a falta de hierarquia o desbaratamento dos bens, as cabalas, o prevaricamento, a mentira, a farra, tudo que Cristo condenou. O relatório do Senador, deixava o mundo católico perplexo e não tardaria vir a reação da Igreja contra este estado de coisas. Chegando da Europa o Bispo D. Vidal de Oliveira, assumia o Bispado de Olinda e iniciou o expurgo na Igreja Católica; recebendo o apoio do Bispo do Pará D. Antônio de Macedo Costa. Agora, os dois unidos combatiam os padre e bispos que pertenciam a Maçonaria; abjuravam aquela doutrina ou saiam da Igreja. O Presidente do Conselho de Ministro, Visconde do Rio Branco era também o Grão Mestre da Maçonaria brasileira então, reuniu o Conselho e condenou dois Bispos. Presos, vieram para uma Fortaleza no Rio de Janeiro, o clero brasileiro se levantou contra o Império, onde existia uma Igreja, os padres e bispos cantavam louvores contra a atitude do Império, cujos Bispos estavam jogados nas masmorras comandadas pelo Visconde do Rio Branco. A pressão católica contra o Império era demais, foi quando o Imperador chamou Caxias para formar novo Ministério e consequentemente ser o seu Presidente. O nosso Duque sabia que o Imperador era contrário a anistia, mas Caxias não desistiu jogou todo 0 seu prestigio pessoal da seguinte maneira, "anistia ou minha demissão". No dia 17 de setembro de 1875 era assinada a anistia, o Duque de Caxias mais uma vez salvava o Império, o final cada vez se estreitava. 4  Escravidão— O primeiro passo para a libertação dos escravos foi sem dúvida durante a Guerra do Paraguai, quando D. Pedro II para reforçar as tropas brasileiras assinou a lei dando liberdade ao escravo e a mulher para que fossem para o fronte paraguaio. Por iniciativa do Visconde do Rio Branco tendo a assistência do paranaguense Correia Netto, D. Pedro assina a lei do Ventre Livre N.° 2040 de 28 de setembro de 1871. Somente no dia 8 de maio de 1888 foi apresentada pelo Ministro da Agricultura Rodrigo Augusto da Silva, em nome da Princesa Isabel a Lei que declarava livre todos os escravos do Brasil e sancionada no dia 13 de maio. Não mais existia a escravidão, entretanto a abolição foi um tanto filantrópica e emocional, não houve uma proteção para o futuro. Se a Lei deu liberdade, esqueceu de integrar o negro na comunidade, nada se fez para saírem da miséria e ignorância. A agricultura entrou em declínio, a pecuária caiu, dias depois o Império ruiu. Esta era a situação do Brasil agravada ainda com a doença do Imperador D. Pedro II e a insatisfação do povo brasileiro em entregar a nação para um príncipe estrangeiro.Vejamos o que diz Silva Jardim na Gazeta de Notícias, no dia 6 de janeiro de 1889:  "Todos percebemos que esse terceiro reinado será para a nossa terra a triste época em que, ao lado da desordem administrativa, da orgia financeira e da política corruptora, característicos do governo do imperador moribundo . . ."Ou então, vejamos o que diz " A Revolta" de Campinas em 23 de julho de 1888, em artigo assinado por Saint Just:" Os Orleans são gananciosos, avarentos, verdadeiros Harpagões. O Conde D'Eu no Rio de Janeiro explora a pobreza, alugando-lhes quartos imundos, infectos, sem ar nem luz; envenena a classe operária do Rio nos seus cortiços, que Ihes rende muito bom cobre . . ."Apesar de durante os dois últimos reinados brasileiros terem havido esboços para a introdução da República, tudo se iniciou em 1870 quando um grupo de republicanos se reuniu em Itú na Província de São Paulo e lançaram o tão decantado " Manifesto de Itú".O Manifesto Republicano, que vem a público no dia 3 de dezembro de 1870 pelo jornal  "A República" lançado pelo Clube Republicano do Rio de Janeiro diz: "Neste pais, que se presume constitucional, e onde só deveriam ter ação poderes delegados, responsáveis, acontece por defeito de sistema, que só há um poder ativo, onímodo, onipotente, perpétuo, superior á lei e á opinião, e esse é justamente o poder sagrado, inviolável e irresponsável. O privilégio, em todas as relações com a sociedade tal é, em síntese, a fórmula social e política do nosso País, privilégio de relegião, privilégio de raça, privilégio de sabedoria, privilégio de posição, isto é, todas as distinções arbritárias e áticas que criam no seio da sociedade civil e politica a montruosa superioridade de um sobre todos ou de alguns sobre muitos."
PARANAGUÁ A SEMENTE DA DEMOCRACIA NO BRASIL
 Paranaguá foi dos primeiros que se manifestou para o evento da República, devido o desassombro de seus filhos. Diz o Professor Manoel Viana: "A semente primeira da "Democracia" no Paraná, chantou-se em nossa Paranaguá; no fértil campo do jornal hebdomadário "Operário da Liberdade", fundado em 1870." Este jornal, dirigido por Barros Júnior, apareceu sem dúvida antes do "Manifesto de Itú", apesar de sua pouca duração, deixou escrito que o Brasil deveria abandonar o Império e se dirigir para a democracia.  A propaganda Republicana em Paranaguá, não parava, quanto mais o Brasil se afundava em suas crises mais adeptos ganhavam os republicanos. Até que em 7 de julho de 1883, um grupo de paranaguenses tendo a frente Fernando Machado Simas, João Eugênio Machado Lima e Guilherme José Leite, resolveram fundar um jornal denominado "O Livre Paraná". Vários colaboradores do novo Jornal deixaram suas marcas no processo republicano tais como: Nestor Victor dos Santos, Albino José da Silva e Joaquim Soares Gomes. O combativo jornal, estampava em sua primeira página seguinte dístico:
Povo ! Tu pareces pequeno porque estás de joelho, Levanta te!
A dificuldade de sustentar financeiramente o jornal, cada dia se agravava devido as perseguições políticas, foi quando os redatores procuraram propagandas tais como: "Nova York, Companhia de Seguros" "Companhia de Navegação Paulista, responsável pelo paquete Aymoré" "Grande Hotel Mostaert & Cia, que oferece preços cômodos" "Bernardo Soares, vendedor de agulhas e correias para maquinas" "Águas Sulfurosas e remédio contra gonorréia oferecida por Teixeira e Irmão" " Laboratório Farmacêutico Simas" "Farmácia Simas". A certeza que as doenças afetavam os partidários do Império ou da República, os remédios figuraram sempre como os maiores anunciantes nos jornais republicanos. O Livre Paraná, tendo como diretor Fernando Simas, publicava um subtítulo sugestivo "Echo Republicano". Era doutrinador do novo regime, naturalmente sofrendo perseguições, passou ao ataque, o que abreviaria a saída do diretor e pouco mais tempo o fechamento do jornal fundado com o símbolo de paz e amor ao novo regime que logo se instalaria no Brasil. Desde 1881, Paranaguá liderava em toda a Província a propaganda republicana, solicitava que todas as localidades fundassem núcleos onde professasse a idéia e propaganda republicana. Foi quando, publicaram a "Declaração Republicana Paranaguense", assinada pelos cidadãos: Fernando Simas, Mauricio Sinke, Guilherme José Leite, Camilo Antônio Laines Filho, Manoel Bonifácio Carneiro, Bernardo Soares Gomes e Ricardo Antônio da Costa. Em 1882, a luta tornava mais acirrada e novos seguidores da idéia republicana cerravam fileiras com aquele punhado de homens. Foi quando resolveram soltar as ruas o "Manifesto aos Paranaguenses", assinado pelos seguintes cidadãos: Fernando Simas, Mauricio Sinke, Guilherme J. Leite, Camilo Antônio Laines Filho, Bernardo Soares Gomes, Pedro Aloys Scherer, Manoel Alves Magalhães, Manoel Claro Alves, Vicente M. do Nascimento, Nestor Antônio da Costa, José Vieira de Sales, Manoel Lucas Evangelista, Manoel José Correia, Caetano José Lima, Cipriano Gonçalves Marques, Luiz José da Silva, Candido de Oliveira Salgado, Custódio R. Viana, Manoel Policarpo de Sales, Luiz Antônio Xavier, H. Hurlemann, Antônio Tavares de Miranda, Joaquim Belém de Oliveira, Manoel Correia de Freitas, Augusto Alípio da Costa e Silva e Manoel da Costa Lisboa.A luta não parava, as doutrinações eram diárias, às vezes parecia recrudescer, mas em pouco tempo voltava com mais ímpeto, assim, novos adeptos apareciam, os seguidores aos poucos se avolumavam. Os desmandos desde a casa Imperial até o município contavam com a vigilância dos republicanos, o Império enfraquecia, a República galopava e Paranaguá havia de mais se destacar neste emaranhado político. No inicio do século XIX. Florescia em todo o Brasil uma sociedade muito conhecida por pedreiros livre obedecendo o rito escocês antigo e aceito. Em Paranaguá no dia 21 de março de 1837 0 nome da Loja Maçônica União Paranaguense. "Os primeiros maçons que naturalmente tiveram sua iniciação em outra Loja foram: Manoel Francisco Correia Júnior, Manoel Antônio Pereira Júnior e Joaquim da Cunha Viana. Não se pode precisar a sua duração, é possível que estivesse adormecida por alguns anos, até que em 1864 um grupo de paranaguenses resolveu levantar as colunas com o nome de "Perseverança" cuja existência foi cheia de benefícios prestados a causa pública no decorrer de mais de 120 anos. Nas suas reuniões, tudo se discutia, até que alguns passaram a doutrinar o republicanismo. Mas, como sempre foi uma sociedade fechada, os reclamos contra a situação do Império continuavam a ficar dentro do próprio Templo. Os próprios membros da Maçonaria chegaram a conclusão, como não se pode trazer o povo para dentro da Maçonaria, os seus filhos podem perfeitamente fazerem pregações para o estabelecimento do regime republicano, em outro local onde a comunidade possa ter acesso, possa participar, possa gritar que o Brasil precisa sair do Império. Assim, conseguindo uma sala no sobrado de número 37 da atual rua XV de Novembro, os maçons se reuniram, para formarem um Clube Republicano iguais aos muitos espalhados em todo o Brasil.
FUNDAÇÃO DO CLUBE REPUBLICANO DE PARANAGUÁ.
A  Ata de instalação escrita por Nestor Victor esta assim:
"Presentes as oito horas e um quarto da tarde, diversos cidadãos que se haviam reunido com fim de instalar o Clube Republicano, foi aclamado para presidir a reunião o cidadão Fernando Simas, que aceitou e convidou o cidadão Nestor Victor para servir de Secretário. Abrindo a sessão disse o cidadão presidente que ao se proceder a leitura da declaração seguinte, seria assinado por todos que se achassem resolvidos a cumprir com os deveres da que se obrigou todos aqueles que a assinarem.
"Presentes os cidadãos abaixo assinado, declaram aderir francamente ao manifesto republicano de 3 de dezembro de 1870, desligando-se completamente de qualquer compromisso que até hoje tenham mantido com os partidos monárquicos constitucionais, fazendo esta declaração espontaneamente e debaixo de sua palavra de honra.
Fernando Machado Simas - Nestor Victor dos Santos - Guilherme José Leite - Julio Cezar Peixoto Fernandes- José Ferreira de Campo - Benedito Antônio Guilherme - Francisco José de Souza - José Gonçalves Lobo - Theobaldo Dacheux - Cezalpino Luiz Pereira - Germano Augusto Pirath - Manoel Figueira Neto- Manoel Lucas Evangelista - Luiz Mariano de Oliveira - Geraldo Devisé -Joaquim Guilherme da Silva."
E para maior clareza, o cidadão Secretário procedeu a leitura do Manifesto de 3 de dezembro de 1870, para que todos os cidadãos presentes conhecessem perfeitamente todas as idéias de que, como na Declaração acima vem-se tomando aderente. E achou-se perfeitamente de acordo com o que do Manifesto consta e resolvidos a cumprir aquilo a que com a declaração acima se obrigam, todos os presentes subscreveram-se.Em seguida pediu a palavra o sócio cidadão Guilherme Leite que expos a importância d' aquele momento de declara-se francamente republicanos, tinham a cumprir. Usam depois a palavra o sócio cidadão Francisco José de Souza que em breve alocução manifestou o jubilo de que achava possuído em poder presenciar a criação do Clube que naquele dia se instalava, a vista de quanto isso significava. Passou se depois a tratar da eleição para um Presidente e um Secretário provisórios que funcionaram até que se tenha organizado os estatutos porque se há de reger a associação. Distribuídas as cédulas e procede-se a eleição obteve-se o seguinte resultado:
Para Presidente:
Guilherme José Costa Leite,       7 votos
Fernando M. Simas,                     2 vatos
Francisco José de Souza,             2 votos
Theobaldo Dacheux,                    1 voto
Para Secretário:
Nestor Victor,                                7votos
José Gonçalves Lobo,                   1 voto
Theobaldo Dacheux,                     1 voto
Em vista de cujo resultado, declarou o cidadão presidente achar se eleito para o cargo de Presidente provisório o cidadão Guilherme José Leite e para Secretário provisório o cidadão Nestor Victor. Em seguida disse o cidadão presidente, que havendo necessidade de formularem se os estatutos do Clube, nomeava para este fim uma comissão composta dos cidadãos Guilherme José Leite, Francisco José de Souza e Nestor Victor, tendo de apresentar esse trabalho na sessão próxima que seria anunciada. Feito isto, lembrou o cidadão presidente que, estando próxima a eleição para deputado provinciais e sendo de estilo e de disciplina entre os republicanos maiores de 18 anos, era conveniente que desde já o Clube que naquele dia se instalava desse sinal de existência procedendo-se a eleição para um deputado provincial que, sendo apoiado, foi posto em prática obtendo-se da eleição o seguinte resultado:
Para Deputado Provincial:
Jorge Desmarais,                            8 votos
José Correia de Freitas,                 1 voto
Mauricio Sinke                               1 voto
Ficou assim eleito pelo Clube Republicano de Paranaguá para Deputado provincial na próxima
legislatura o cidadão Dr. Jorge Desmarais. O Clube Republicano devagar dava seus passos, a oposição era demais contra os seus associados. Aqueles que tinham a vida formada menos sentiam, outros, devido se destacarem pela capacidade intelectual sofriam demais. Fernando Simas, foi tão pressionado que até boicote sentiu em seu estabelecimento comercial, não deixou de ser um republicano autêntico, fazia palestras, resumia as noticias nas reuniões do Clube, passava a doutrinar outros importantes cidadãos, mas seu futuro estava tão difícil que foi obrigado a deixar Paranaguá. Nestor Victor, cuja fulgurante oratória trazia para palestras no Clube o Dr. Dória, o De Freitas, o Soares Gomes e tantos outros que desejavam melhores dias para o Brasil. Sentiu a dificuldade em viver na sua terra, mudou-se para o Rio de Janeiro onde ocupou cargos importantes, para se realizar na Embaixada Brasileira em Paris. Com tudo, o Clube Republicano recebia novos adeptos, não fechava suas portas, a têmpera dos homens que fundaram era transmitida aos novos que aderiam a idéia de mudar o regime político administrativo no Brasil. A visita da Princesa Isabel à Paranaguá, muito desgastou os republicanos perante a opinião pública, o trabalho de catequese mais o desacerto do poder público fazia que em breve recuperassem seu lugar na sociedade paranaguense. Chegou o 15 de novembro, os fundadores do Clube Republicano exultavam mas com o devido respeito para com os seguidores de D. Pedro II. No dia 13 de novembro a Câmara de Paranaguá fazia sua última sessão como monarquista, para nos próximos dias abrir a sessão como republicanista, com alguns camaristas inconformados. No dia 17 de novembro, sob a Presidência de Theodorico Julio dos Santos e com a presença dos camaristas João Guilherme Guimarães, José Silveira Borges, Manoel Francisco de Souza, Manoel Lobo de Andrade, Francisco Norberto dos Santos, José Pinto de Amorim e Antônio Hermenegildo Gomes, abria a sessão da Câmara já republicana e com convite para a população assistir a referida sessão. De início levantaram vivas a República, foi quando o Sr. Albino José da Silva republicano do Clube proferiu um eloqüente discurso em louvor a nova forma de Governo brasileiro. Era o fruto daquela plêiade de mocos que num rasgo de altivez destemor fundaram o Clube Republicano.Se Deodoro proclamou a República, agora o nosso Clube entrava numa difícil fase pois, já não havia motivos para a sua existência. Mas, ele estava tão arraizado em Paranaguá, que a Diretoria comandada por Joaquim Guilherme da Silva, resolveu não deixa-lo morrer. Mas, era evidente que o compadecimento na séde a rua XV de Novembro n.° 37, com o tempo diminuía consideravelmente, foi quando uma Diretoria que se perdeu no tempo, resolveu transformar aquele Clube que preconizava somente a República em Clube de Recreação. Estava salvo o Clube que tomaria o nome de Republicano Recreativo. Os republicanos autênticos aplaudiram a idéia e os próprios sócios do tradicional Clube passaram a fazer parte de uma sociedade também de lazer. As constantes festas, os memoráveis bailes, os recitais faziam que o Clube passasse a se destacar, pois era mais modesto e menos exigente para abrigar novos sócios. Entrava o ano de 1890, a qual seria eleita a diretoria encabeçada por Albino Silva, fazendo então uma abertura que haveria de marcar época na história do Republicano Recreativo. Fundado por uma série de moços e moças, no ano de 1887, um Clube que além de bailes para seu pequeno quadro associativo, cultivavam a arte do teatro ensinando e representando os dramas, as comédias, os monólogos, as declamações. Conta Manoel Viana, que durante os bailes, a meia noite, o conjunto musical " Manoel Zé" interrompia, para os associados oferecerem chá com fatias de pão de ovos, depois reiniciava o baile no salão localizado na parte inferior da residência do Sr. Camilo Laines sito a rua Faria Sobrinho. O teatro dos Voltijadores da Época, como era conhecido, tinha como participantes os moços Henrique, Leandro e Nicolau Dacheux, Otavio e Euripedes Branco, Francisco Timotio Silva, Henrique Veiga, Manoel Claricio de Oliveira, João Bernardinho, Francisco Guimarães, João Estevão da Silva Júnior, Manoel Gonçalves Maia Junior, Antônio Carlos da Silva, Hermogenes Vidal, Joaquim Pinto de Amorim e outros que se perderam nos anos decorridos. A sociedade dos Voltijadores da Época, passou a sentir crise financeira, o amadorismo do teatro, a união da mocidade não se podia extinguir, foi quando devido a emenda estatutária, passaram para o quadro social do republicano Recreativo e vários, chegaram a ser Presidente do Clube. Angariando um grande número de sócios, as famílias se reuniam para apresentarem seus filhos a sociedade paranaguense. As mulheres em quase todo o mundo lutavam pelos seus direitos, a tanto almejada igualdade dava breve sinais para o futuro, em 1910 era fundado o Grêmio Íris patrocinado pelo Clube Literário, mas, as moças do Republicano Recreativo somente 3 anos após é que se uniram para também formar seu Grêmio que tomou o nome de Crysantemo. Eleita sua primeira Presidente a Sta. Mariana Baleche, conseguiu levar a efeito alguns eventos sociais, mas em 1915, por razões diversas se extinguiu. No ano de 1900, o Clube editava seu primeiro Jornal "Clube Republicano" dirigido por Alberico Figueira, teve vida efêmera. Em 1900, comemorando o 5.° aniversário da associação " Brisa da Marinha", solicitou a abertura dos salões do Republicano para um grandioso baile. No dia 17 de julho de 1910, o Grêmio Íris do Clube Literário realizou um grande baile nos salões do Clube Republicano, onde o maestro João Rapôso executou pela primeira vez o hino do grêmio Iris. Em 1916, um grupo de moças, tendo a frente a Sta. Joaquina Tourinho, em reunião na sua residência resolveram fundar outro Grêmio no Clube Republicano Recreativo. Eleita a primeira Diretoria coube a presidência a organizadora e a Secretaria a Sta. Cecília da Rosa. Após a posse da Diretoria, já com a escolha do nome, " Grêmio Recreativo Myosotis", iniciaram as festas e bailes, sendo que o segundo baile " Soirée" foi no dia 28 de setembro de 1916. Durante pouco menos de 20 anos, o Grêmio Myosotis conseguiu dar festas e bailes imemoráveis, iniciando os animados festejos no Clube. No final de 1935, também não se sabendo as razões o simpático Grêmio se extinguiu. No ano de 1930, o Clube Literário sofre um sinistro, o qual destruiu completamente. O Clube Republicano Recreativo por intermédio de seu Presidente Luiz de Sá Ribeiro colocou todas as instalações a disposição do Club Litterário, para dar suas festas e reuniões. Em 1942, durante a comemoração do Tricentenário de Paranaguá, no dia 31 de julho, foi o responsável pelo baile de encerramento dos festejos. O Clube Republicano continuava sua marcha gloriosa, os bailes de aniversário, os carnavais, os bailes infantis, talvez os mais animados de Paranaguá, lotavam tanto seu salão, que até na escada esperavam para entrar nas dependências do Clube. Quando da reforma dos Estatutos no ano de 1942, foi instituído no Clube a parte esportiva. Mas, somente 42 anos após é que se pensou realmente a dar uma estrutura esportiva e condições para seus associados participarem.
.Do livro Clube Republicano 1887- 1987 de Milton Miró Vernalha  e Amilton Aquim - pagina n.º 6
 LANÇAMENTO DO TÍTULO DE  "SÓCIO BENFEITOR"
No dia 2 de abril de 1946, o Clube Republicano ainda pagava aluguel, muitas vezes com dificuldade, foi quando na gestão do Dr. Simão Aisenmann, a diretoria resolveu adquirir uma propriedade, para isto foi aberto a Campanha dos sócios Benfeitores, na qual transcrevemos a declaração da diretoria em seu Livro Ouro. "Estando o nosso Clube vivamente empenhado na aquisição de um prédio para servir-lhe de sede, encontrando-se as respectivas negociações bastante adiantadas para a compra do imóvel sito a rua XV de Novembro nº 42 ( ex Hotel Orestes ) inclusive um sobrado nos fundos a rua General Carneiro, desta cidade, de propriedade do Sr. Orestes Beltrami, a atual Diretoria do Clube Republicano apela para o espirito generoso de seus associados no sentido desse enquadrar em no art. 6, § 39 dos Estatutos vigentes. Declara essa disposição que serão considerados sócios Benfeitores aqueles que concorrer em para os cofres do Clube com a importância de Cz$ 1.000,00, gozando dos direitos e prerrogativas previstas no art. 10 § 79 e 89. Isto posto para a consecução dos elevados objetivos a que se propõem a atual Diretoria do Clube Republicano sob inspiração da comissão de compra, dotando o de uma Sede Própria a altura de sua tradição de quase 60 anos e do progresso da cidade, contamos, digo contam eles com o solicitado apoio dos sócios que esta campanha se dignarem em subscrever. -                                  Paranaguá, 2 de abril de 1946.
Simão Aisenmann - Miguel Buffara - Alcindo Braga - Sales Antonio Gebran - Marcelino Rivellis - Eros Patitucci - Cesar Fagundes - José Maria Cechelero - Azis Saad Gebran - Lauro Cechelero - Joaquim Pinheiro - Antonio Amatuzzi - Alfredo Salomão - Moises Henrique Daitchmann - Nemésio Ferreira - Raul Veiga - Calim Paulo- Tanus Barbosa - Bento Oliveira Rocha- Orlandi Matanó- Miguel C. Cominos -Silvio Drumond- Manoel C. de Castro - Jorge Borges - Ciro Farah – Savas Nicolau Kaili - Nagibe Buffara –Aissar Jabur- João Branco –Francisco Coelho -João Barbosa- Salomão Galperim - Leão Chapaval- Jacob Maron Neto- Foed Cecy- Jacob Berberi- Nelson Tavares - Ney Pereira Neves- Salim Berberi - José Trigo - Olavo Meister - Bernardo Meichler - Amim Mattar - Mario Santos- Parasqueva Anastácio- Mario Correia - Brasílio Abud- João Mattar - João Rieck- Teodoro Lullez - Waldemar Zétola- Miguel Anastácio- Victor de Oliveira - José Veiga Picanço - José H. Rocha Filho- Nelson de Freitas Barbosa- Saturnino Cardenas- José Cardoso- Antonio Falcão Frota- Alexandre Antonio Saad Gebran Júnior- Amintas Pinho- Alamir Braga Ruiz- Alfredo Cury- Eloy Hartog- Luiz Gutierrez- Alceu Nascimento –Savio Cardenas- Teobaldo Picanço– Altevir da Costa Soares- Constantino João Kotzias- Assad Barbosa– Carlos Roberto Risseti– Norberto André Jamnik- Acrísio Guimarães Filho– Gastão Soares Gomes- Jayme Camargo– Henrique Gutierrez- João Eugênio Cominese- Olinto Santos- Jorge Pereira Marcondes- Altair Porto Martinelli –Jorge Barbosa Cecy- Anibal Ribeiro Filho- Frederico Pedroni- Ernani Cardoso- José Bernardo Ferreira dos Santos- Oswaldo Borba Moura- Jaly Fôes– Domingos Guttierrez- João Ferraz de Campos- Alcides Pinheiro- Osmar Santos Pereira- José Pereira- Nelson Miró Vernalha- João Jacob Berberi Filho –Azir Antunes dos Santos- Almir Antunes dos Santos- Savas Joanides- Agostinho Pereira Alves Fº- Annibal Seguis Tavares- Ciríaco Mires Vilarinho- Mario Esteves Franco- Paulo Cunha Franco Fº. –Demétrio João Kotzias- Pedro Chedid  Neto- Antonio Fontes- Adriano A. Paiva– Carlos do Rosário Souza.-Tendo esta diretoria conseguido com as assinaturas acima o numerário de que necessitava para realização do fim do para qual moveu para esta "Campanha" da ela por encerrada pelo que lavro o presente termo de encerramento.
Paranaguá, 17 de abril de 1946 - Antonio Luiz Bittencourt - 1º Secretário.
de Marco Aurelio Cechelero


de Airton Vidal Maron



LANÇAMENTO DOS TÍTULOS DE SÓCIOS ACIONISTAS
De fato foi um grande esforço desta diretoria, já se podia pisar em terreno próprio do Clube mas não havia condições de transferir a sede social, pois a construção do Hotel Orestes ficou parada durante mais de uma década, e o prédio que dava frente a rua General Carneiro não apresentava condições devido a precariedade de sua construção. A inflação tomava conta do Brasil, as propriedades tiveram um aumento tão alto que deixaria impossível uma associação como o Republicano adquirir uma propriedade no setor mais nobre da cidade. A diretoria encabeçada pelo Dr. Simão Aisenmann tornou possível cerca de 10 anos depois, a diretoria liderada por Constantino João Kotzias iniciar a construção da atual sede. Com a reforma do estatuto propõem o Presidente a venda de ações para seus associados bem como a aquisição das mesmas para aqueles que fossem aprovadas suas propostas para sócios. No dia 11 de setembro de 1956, dava se a reforma dos estatutos e no artigo 69 do Capitulo III, passaram a figurar as seguintes categorias de sócios: a –Honorários - b  Beneméritos - c  Benfeitores - d  Acionistas - e  Remidos - f  Contribuintes - g Temporários - h Ausentes. Até a presente data era respeitada a categoria de Contribuintes. Autorizada a Diretoria emitir ações, passou o Presidente acionar o projeto de construção contando com isto com o sassociados do Clube inscritos no Livro de Ações, o qual transcrevemos: Clube Republicano Recreativo. Sendo de há muito a grande aspiração do associado Republicano, contar com a sua sede própria, objetivo este já alcançado, no período compreendido entre 1946 a 1952, anos em quese verificaram as des marchas para comprar e legalização da propriedade, tem a atual Diretoria o firme propósito de dar a seus associados uma sede realmente digna! Este é o objetivo para a sua consecução esperamos o necessário apoio! Isto posto, iniciam os agora uma Campanha de sócios acionistas, que lhes asseguram todos os direitos Estatutarios. A presente missão é composta de 500 ações do valor de Cz$ 3.000,00 cada uma o que permitirá o ínicio imediato de já referido construção, e se Deus quiser, em breve futuro o "Clube Republicano Republicano" orgulho e glória da Sociedade do Estado, reviverá, rememorando as grandes festas do passado. A Diretoria.                                                                                                                                                                                                Sub-escreveram as ações :
Acir Aniceto dos Santos– Acyr Corrêa –Acrísio Guimarães –Adamastor Pereira Gomes - Adamastor Pinheiro - Adalberto de A. Maciel - Adalberto M. França– Adevonzir Costa Alves - Adib Farah Filho Adilson de Souza Pinheiro– Adhémar Thiele Grecca– Adiney Gonçalves Cordeiro - Adriano Gustavo Vidal– Afonso Amates - Afonso Percegona- Afonso Voss - Alamir Braga Ruiz - Albino Gonçalves Teixeira – Albino Cezar Richter– Albertino Ferreira Amorim –Alberto Tavares Júnior - Alberto Ferreira dos Santos - Alberto Pinho - Alberto Cezar Albini - Alberto Cordeiro– Alceu Claro Chaves - Alceu Lobo -Alceu Maron– Alexandre A. Saad Gebran Jr –Alfredo Cury– Alfredo Antunes –Alfredo Salomão – Agapito Athanasio– Aissor Jabur- Airton Claro Chaves- Algacir Morais -Albino Santos Filho- Aluizio Ferreira de Abreu- Alyrio Porto Martinelli– Amim Mattar– Amim Mussi– Almir Santos–Almir Santos Antunes - Amosis Correia Defreitas –Anibal S. Tavares Filho- Anisio José da Silva - Antonio Dinardi Antonio Percegona - Antonio Jabur - Antonio Greco - Antonio Abud - Antonio Jorge Tramujas - Antonio Berlim Júnior- Antonio Benedito Cunha- Antonio Chuchene– Antonio Fontes–Antonio J. Machado Lima - Antonio José Santana Lobo Netto.– Antonio Assunção–Antonio Starepravo– Antonio C. Morato Baddini– Antonio de Almeida Telles– Antonio Celso Fernandes– Antonio Amatuzzi Júnior- Antonio Mauro M. Souza- Antonio da Costa- Altair Porto Martinelli- Alzir Antunes dos Santos – Alzir Mussi Saif -Aramis Teixeira- Aran Rutz- Ariberto Barnack- Armando Perseke - Arnaldo de Souza Miranda– Arthur de Souza Pinto- Arthur da  Silva - Augusto Rampowski- Augusto Rohn- Aurene Pinto dos Santos– Aurecy Vilarim - Aryone Albuquerque Lima –Atilio Tito da Costa Lobo –Alvaro Correia de Freitas – Azier Pinto dos Santos–Azônio Cesar da Costa –Aziz Gebran - Bartolomeu Vila Neto –Brasílio Crescencio Pereira – Brasílio Abud – Caios Eguiberto Portes Tramujas –Calim Paulo –Candido José Ribeiro –Carl F. N. Litzendorf Jr. –Carlos A. Azevedo Barrozo– Carlos Antonio Zattar– Carlos Mendes Xavier –Carlos Fernandes– Carlos do Rosario Souza– Carlos Elisio Neves Vieira da Costa– Carlos Roberto Resseti– Carlos P. de Miranda– Carmelino Lopes– Célio Oliveira Cesar– Celso Luck– Celso Araujo Marques –Celso Manoel da Costa –Cezar Alcides Frizzio– Chafic Farah– Cezar Tramujas– Celmiro Gonçalves de Paula– Cidenes de Paula– Cylu Ernâni Picanço– Cyro Farah– Cláudio Flores– Clóvis Beraldi– Constantino J. Kotzias –Constantino Nicolau Anastácio– Daver da Silva Ramos– Delazir Teixeira– Delfin Trigo– Deny Bindo– Denny Truppel– Dib Chocair Tarran– Diamantino Francisco– Didio Augusto de Camargo Viana– Diemetrif Mussi– Dimitry Ochrimowicz– Dino Fernandes –Diógenes Pereira Jr.– Dirceu Loprete Frega –Domingos Gutierrez– Dorciro Nascimento Lima -Dorival Ribeiro Batista- Dorival Sordo Carlin- Durval Sordo Carlin- Durmicio Gomes Farias – Edson Lacerda- Edson Vila Branco- Edson Ache –Edgard Pombeiro –Edgard Rauscher- Edgar da Gama e Silva- Edemir Rocha – Edmundo Odebrecht Filho- Edmundo Correia- Edilio Vieites- Edilberto Pedroni- Eduardo R. de Andrade – Edelberto Souza– Eglon Cardenas Mariano– Élcio Nascimento– Elias de Almeida França–Elias Aquim – Elias Pontajopolis- Eloi Pereira Marcondes –Elpidio Leal dos Santos –Elpidio Fabrizzi- Emilio Gonçalves– Emilio Pouças Perez– Erasto Vila Branco– Erich Bernert– Eros de Andrade– Euler da Cunha Mourão– Eugénio Silva– Everton M. Kugler Rodrigues -Expedito  Arnoud Formiga –Ezequiel Pinto da Silva– Francisco Azevedo Barrozo – Francisco Alves Guerra -Francisco Munn Vieira - Francisco José Barbosa – Francisco da Gama e Silva - Francisco José  de Paula -  Francisco Corrêa Gomes - Francisco Jussi Neto - Francisco José da S. Pinto - Flávio Luck Júnior – Felipe Nicolau Saad– Felipe Mattar– Floriano Hartog - Gabriel Percegona– Gilberto Cortese – Gilberto Gutierrez - Gilberto Lafraia– Gilberto Braga– Glaci Machado Lima –Genaro Régis Pereira da Costa –Genelicio Marques Porto Fº. –George A. Mourad– Geraldo Moura de Azevedo - Geraldo Marcondes Martins- Germano Adolfo Hansemale –Gerson Alipio da Costa– Gustavo Borgias– Hamilton Falavine do Nascimento –Hamilton de Souza Miranda - Hamilton Cordeiro da Paz - Hélcio Peccini –Hélcio Andrade Torres –Hélcio G. de Oliveira –Eloy Hartog- Henrique Tavares Chaves Jr. –Henrique Costa Netto– Heldiberto Leal Reinert- Hilton Buckmann Rocha – Hilton Polidoro- Hilius F.  Macaggi–Hildeu Leal Reinert – Hinon Patitucci –Host Joachim Messany –Hugo Pereira Correia- Ibantino Valentin Santos– Ignacio R. S. Pedroso - Iran Milton Crecca – Ismael Nogueira Sigolo –Italo Pinho –Italo Falconi– Ivan Lapoli –Ivan Pinho– Ivo de Souza e Silva - Ivo Petry Maciel - Ivo Gabriel da Silva -Jaci Passos -Jacques Chapaval -Jacob Buffara -Jairo Geraldo  Batista -Jaly Foes– Jamil Buffara –Jamil Miguel Karuta –James Gilson Berlim– Jocelim Rodrigues Branco– Joel Coelho– Jorge Berberi– Jorge Pereira Marcondes– Jorge L. Guimarães Barros –Jorge Ainati– Jorge Borges– Jorge Behet – Jorge Cury– Jorge João Kotzias– Joaquim C. Oliveira Santos –Joaquim Tramujas –Joaquim Henrique Marques - Joaquim da Costa Pinheiro– Joaquim Baddini– Joaquim do A. Sampaio– João Gilberto Panzetti –João Staniscia- João Manoel Luiz - João Leónidas Villa - João Bosco – João Savas Lopes  - João Riech - João R. Castilho Pereira - João Pires Arantes - João da Paz Filho– João Helio Alves– João Elisio dos Passos –João Eugenio Cominese –João Kirilla –João Alberto Cancela– João A. Souza Filho - João J. Berberí – João Candido Pinto Fº.– João Baptista de Macedo –João Batista Villa– João Antonio Ribeiro - José da Rocha– José Luiz -José Alves Cardoso – José Alves Maia -José Azevedo Barrozo– José F. Caldas– José Carlos Rohn –José Raimundo Silva– José Ribeiro Vieira –José Lacerda Santos– José Abilio Coelho– José de Campos– José Martins do Carmo– José de Sá Pedrosa Jr. –José Silva Leski– José Rizental–José Vicente Elias –José Nascimento Lima– José Roberto C. Carvalho –José Fernandes Dias Netto– José Dias de Oliveira –José Carlos de Almeida– José de Souza Pinheiro – José Kravitz– José Carlos Teixeira– José Dâmaso de Oliveira –José Cunha– José Luiz P. Rebello –José A. Temporão– José Martins Botelho– José Laertes Rizental– José Brasileiro Pinto– Laertes Silva – Landi Ferreira Dutra– Leolir da Costa Souza –Laudelino Pereira Carvalho –Laureny A. Schen Costa –Laurival Luz da Silva - Lauro Banto de Amorim - Lauro Teixeira - Laury Lourenço Pereira - Leão Chapaval– Leão Salomão –Leopoldo Heerem– Leones Pires Batista– Leocadio Maia– Leonel Ricardo Curcio– Loerny A. Schen Costa –Lucas Alves Carneiro –Luciano Sigolo– LuizC esar - Miguel Buffara– Luiz Carlos Leandro –Luiz Gastão Fonseca Corrêa– Luiz da Silva Berlin –Luiz Verese Veiga– Luiz da Costa Alves– Luiz F. Cardoso Jr. –Luiz G. G. Nascimento - Luiz Carlos Pereira– Luiz da Silveira Vieira –Luiz Gutierrez– Lupercio da Silveira –Luiz R. Picanço Pinheiro –Luiz Teixeira da Silva –Manfredo Cominese– Manoel de Brito Martins –Manoel S. Tavares Fº - Manoel Alves da Rocha– Manoel N. Sobrinho –Manoel Pedro Mamoré –Manoel Tramujas –Manoel Lucio Lobo –Manoel Mun Cordeiro –Manoel L. Bartolomeu– Manoel Novoa Rodriguez –Marcelino Silva Rivellis –Marcelino Morozowiski –Marcio Raucher– Marcos Moises Salomão –Marcus A. Faria Vidal – Mario Zacarias –Mario de Oliveira Perna– Mario Pinto do Nascimento –Mario Villa –Marino Pelegrini – Marçal Marques –Mauricio Vitor de Souza  -Mauro Lobo Nogueira –Mauro B. de Oliveira– Massad Nassar –Massad Buffarah –Max Garmatter Jr.– Mohamade A. Abou Fares –Miguel Leandro –Miguel A. Richter– Miguel Scheetz– Miguel Guimarães Grassi– Miguel Barbosa Cecy– Miguel João Kotzias –Miguel Angelo Fusco– Miguel Buffara– Miguel Berberi– Miguel Anastácio– Micodão Nicodemos Majczak -Milton Amatuzzi– Moacir Alves Cordeiro –Moacir Santos Cabral– Moises H. Daitschmann– Mucio Silva– Murilo Paiva Marques– Nagibe Muce– Nagib Barbosa– Nagib Antunes– Nelson Tavares Leal– Nelson  Missaél Chaves –Nelson Jajura Borges– Nelson Buffara– Nicolau Jabur– Nicolau M. Anastácio Netto– Nilande Dutra dos Santos– Nilson Pereira Neves– Nolan Riech– Norberto André Jamnik– Nivaldo Gonçalves –Odemar Santos– Oliver S. Gonçalves– Olivio José de Souza– Omar Albano Bastos– Orestes T. de Azevedo –Oscar Amaral Bentes– Osmar Santos Pereira– Osiris Volnei Gebran– Otávio Camargo Lima– Otto Villar Cabüó– Ozeas C. Mello Netto– Paulino Pioli– Paulo Eduardo Moraes– Pedro Luiz– Pedro Miguel Cecy –Pedro Claro Chaves– Péricles F. Frota –Plinio Carneiro da Silva– Raul M. Chapaval– Raul Leone– Régis Constantino– Renato Leone– Renato Acyoli Veiga– Renato Thomas Nascimento fº- - Rene Moreira –Roberto Baleche -Roberto Raby Bobi– Roberto Maffei– Roberto Ferreira Santos– Roberto Fontes– Roberto Arthur Saad– Roberto Acyoli Veiga– Rodolfo Grani– Rogério D. de Souza– Ronaldo P. Rodrigues– Rosalvo D. Destefano –Rubens Aramis Granato– Rubens Foes– Rui Antonio Lopes– Rui Carneiro– Rui Hultmann –Sabino Ferreira Canário– Salomão Galperim –Salvador Trefli Buffara– Salvio E. José da Silva –Savio Cardenas– Saturnino Cardenas –Sebastião Corrêa– Segismundo Gonçalves– Sigurd A. Martin Eltvedt –Silfredo Veiga– Silvadávio N. Ribeiro– Silvio M. de Oliveira– Simão Aisenmann– Soda Mattar –Stenio Nico–Tanus Jorge Barbosa– Tapyr Lopes –Theodorico Athanazio–Teodocio Atherino– Tomé Gabriel Sobrinho– Túlio L. Pinho– Vasco Carneiro dos Santos –Vicente Maceno Luciani– Vicente C. de Oliveira– Victor H. Souza Costa –Waldemar Barletta– Waldomiro F. de Freitas –Walter Ezequiel Coelho –Walter Martins Da Costa– Walter Evoin Lay –Walter Vicente Bassanezi– Walter Gomes Corrêa– Walter Farias Lacerda –Walter de Souza Pinheiro –Wilson Gonçalves da Luz– Wilson Diniz –Wilson Junqueira –Wilson Luciano – Wodziemiecz E. Nizio –Zemir Pereira Werner. -.Todos os sócios Acionistas são Remidos, em 21 de agosto de 1987.



em cima esq/dir. Alcindo Braga, Angelo Maria Patitucci, Dr. Nelson Buffara, Lucas Alves Carneiro -embaixo, Mucio Silva, Dr. Roberto Fontes, Constatino João Kotzias, Calim Paulo e João Fernandes.


       Baile de inauguração da nova sede própria do Clube Republicano – dezembro de 1958










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