A vida do Comendador João
Guilherme Guimarães, é cheia de serviços a sua terra e nós aqui vamos
traçar em rápido esboço a sua biografia . O Comendador João Guilherme
Guimarães, nasceu na cidade de Paranaguá, em 8 de maio de 1857, sendo filho do
Visconde do Nácar (Manoel Antonio Guimarães) e de d. Rosa Correia Guimarães.
Quando completou 24anos, em 1881 , estando no Rio de Janeiro como estudante,
foi chamado por seu pai para vir a ssumir a chefia da casa comercial, fundando
então a firma Visconde de Nácar e Filho, sucedida em 1890 pela razão de
Guimarães & Cia. No nosso alto comércio ocupa lugar de destaque a firma
Guimarães & Cia., chefiada pelos Snrs. Arcesio e Acrisio Guimarães, da qual fez parte com o solidário e
comanditário o Comendador João Guilherme Guimarães. Casou-se em 31 de
março de 1883 com D. Clotilde Miro Guimarães, de cujo matrimônio nasceram
quatro filhos: Erasto e Clio, falecidos em tenra idade, e Arcesio e Acrisio .
Em 20 de junho de 1888 foi nomeado Coronel Comandante superior da Guarda
Nacional da Comarca de Paranaguá. A 25 de maio foi agraciado como oficial ato
da imperial Ordem da Rosa. Em 1887 foi eleito vereador da Câmara Municipal de
Paranaguá, tomando posse deste cargo no ano seguinte, sendo escolhido para
presidente. Em 1889 foi nomeado intendente municipal, cargo que recusou. Em
1891 foi nomeado prefeito municipal de Paranaguá, cargo que ocupou até 1900
durante dois quatriênios. Em 1892, por ocasião da revolta Armada, organizou em
poucos dias a Guarda Nacional tendo entregue ao comando da guarnição, um
batalhão de infantaria e duas companhias de artilharia. Dias depois tinha um
atrito com o comandante da guarnição, por pretender este invadir atribuições
que não lhe pertenciam.O caso foi comunicado ao Rio e o presidente da República
e o ministro da Justiça prestigiaram a ação do Coronel João Guilherme. Fora mas
sim, por sua ordem, empossados os oficiais que nomeara para preencher as vagas
no estado maior das forças que organizara. Passou, então, o exercício de seu
cargo ao seu substituto, Coronel Theodorico Julio dos Santos. No ano seguinte,
a 15 de janeiro, dava-se o levante das companhias de artilharia e o Coronel
João Guilherme prestou poderoso auxílio ao comandante da praça de Paranaguá,
pelo que mereceu pomposos elogios em ordem do dia. Seu nome foi escolhido para
figurar na chapa de deputados estaduais à Constituinte. Por duas vezes, um ano quatriênio de 1896 a 1900 e a segunda
no quatriênio 1900 a 1904, João Cândido, foi insistentemente convidado a se
candidatar à vice-presidente do Estado, tendo duas vezes recusado. No período
de 1894 a 1900 foi provedor da Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá,
devendo-se à sua gestão a construção do prédio que hoje se elevan a praça
Ouvidor Pardinho, desta cidade . Foi presidente do Clube Literário durante 18
anos em várias gestões, sendo a primeira em 1882. O atual prédio desta
sociedade foi construído graças aos seus esforços. Foi eleito presidente de
Tiro de Guerra 99, em 1899, por unanimidade, não tendo aceito a investidura. Em
18 de outubro de 1908 foi eleito, também por unanimidade, presidente do Tiro de
Guerra 99. Em 1917 comanditou-se na sua firma comercial, passando a chefia ao
seu filho Arcesio. A ação do comendador João Guilherme exerceu-se também na
imprensa: durante sua gestão como prefeito publicou-se o Almanaque
Paranaguense, obra de real valor, sob a direção do professor Honorio Decio da
Costa Lobo. Quando presidente do Club Literário fundou a tipografia do «O
Itiberê», jornal de grande formato, então dirigido por Joaquim Soares Gomes e
Dr. Leocadio José Correia. Por iniciativa sua foram fundados os jornais
políticos « A Ordem», « O Constituinte, e «A Nação». Com o um dos maiores
acionistas, foi fundador da «Gazeta do Povo», o grande órgão da imprensa
curitibana, em plena atividade. No Rio de Janeiro foi um dos fundadores da
Sociedade Humanitária Paranaense, extinta em 1890. Filiado ao Clube Literário e
com uma subvenção de CR $500,00 do governo provincial, fundou um curso
comercial que ótimos serviços prestou ao Paraná. Fundou, mais tarde, um curso
escolar sob a direção do professor Serapião, e tentou posteriormente a fundação
de outros dois cursos idênticos, um sob a direção da professora Olívia Pereira
Alves, e outro do professor Icilio Orlandini. Foi presidente da Associação
Comercial de Paranaguá e, também, de Curitiba. Foi na municipalidade de
Paranaguá, porém», que a sua ação mais se salientou. Durante a sua
administração foram construídas as casas escolares Dr. Faria Sobrinho e
Humanitária Paranaense; (HOJE O IHGP) foi desapropriado o Matadouro e aumentado
o seu campo de pasto; foi adquirida a chácara denominada da Pinta, para nela
ser instalado o Lazareto Municipal, isto sem subvenção do Estado; foi aumentado
o mercado público e construído o chalet do peixe; foram estabelecidos os
serviços de remoção do lixo, limpeza e capinação das ruas; foi drenado o campo
do Arsenal; foi aberta comunicação para o Boulevard Serzedelo- (HOJE CEL. JOSÉ
LOBO) (idéia desprezada pelos seus sucessores), que preferiram abrir a rua
Marquês do Herval, (HOJE AV. GABRIEL DE LARA), com grande prejuízo para o
Município); fez-se a estrada da estação Alexandra a Santa Cruz para facilitar a
saida dos produtos coloniais. Na linha Cândido de Abreu, na colónia Maria
Luiza, estabeleceu 13 famílias de colonos polacos, que estavam sem abrigo e
dormindo ao relento, ato que veio demonstrar como seria possível localizar na
marinha parte dos colonos que o governo federal destinava a Prudentopolis. Este
fim foi conseguido, mas o governo abandonou a conservação da estrada da colónia
Maria Luiza e os colonos mudaram se para Guarapuava. Mais tarde o cônsul
austríaco, na capital, mandou agradecer ao comendador João Guilherme os serviços
prestados aos colonos. Outros serviços ainda foram feito sem sua fecunda
gestão: várias ruas foram calçadas e executado s muitos melhoramentos urbanos,
inclusive a Praça Comendador Manoel Ricardo Carneiro; reforma de pontes e
lavanderias, levantamento do cadastro da cidade e do Rocio; estudo para
canalização de água na cidade, esgotos e instalação de luz elétrica, cujos
serviços não efetuou porque naquela ocasião,
se convenceu, os recursos municipais não o permitiam e a população iria
ficar demasiadamente onerada. Eis aí quais os serviços prestados a sua terra
pelo venerando paranaense, falecido a 26 de outubro de 1927, nesta cidade cuja
vida honrada servirá de exemplo e será lembrado para todo sempre.
Prezados
ResponderExcluirRecebi foto da fundação do clube tiro 99 , bisneta do Capitão Alberto Leschaud, um dos fundadores. A bisneta é da Cidade de Santos, onde o capitão morou até sua morte e foi comandante também do tiro 11 de santos. Gostaria mandar a foto. favor informar o WhatsApp deste blog. Lembro ainda que Marcos Lechaud, pai de Alberto desenhou o mapa do Paraná de 1896, fez vários desenhos de Paranaguá e morou em Curitiba até morrer deixando muitos descentes com sobrenome Brand, Schaffer, Nogueira. Att Ernesto Brand Neto
Olá Ernesto, meu nome é Almir. Você pode mandar a foto para o whats (41) 998470416, eu repassarei ao Moisés. Estou pesquisando sobre a empresa Leschaud & Vianna, de Paranaguá, um dos sócios era Alberto Leschaud, esta empresa foi aberta em 1908 em Paranaguá. Acredito que seja do Clube Paranaguense de Tiro. Alberto teria vindo para Paranaguá depois de SAntos. Abraço.
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