Leoncio Correia,
nasceu em Paranaguá no dia 1º de setembro de 1865, filho de João Ferreira Correia e de dona Carolina Pereira Correia. Foi um elo entre o passado e
o presente: conviveu com a velha guarda — Emílio de Menezes, Olavo Bilac, Paula
Ney, Machado de Assis, Coelho Neto — e com a nova, pois sua participação em
movimentos posteriores ao lado dos contemporâneos foi intensa. Era considerado
poeta pela crítica, mas foi um expressivo cronista. Legou à posteridade fontes
importantíssimas de memória. O livro Meu Paraná é um retrato notável de locais
e situações. Abolicionista e republicano, começou a atuar em Paranaguá. Envolveu-se na Revolução Federalista ao lado
dos legalistas, coincidindo a época com o mandato de deputado estadual que
exercia. Esteve na Lapa, antes do cerco. Sempre ligado ao Paraná, especialmente
a Curitiba e a Paranaguá, morou durante 50 anos no Rio de Janeiro, onde exerceu
funções de alta projeção: diretor do Ginásio Nacional (Colégio de D. Pedro II),
diretor da Instrução Pública do Rio de Janeiro e diretor da Imprensa Nacional e
do Diário Oficial. Além da Academia Paranaense de Letras, pertenceu à Academia
Carioca de Letras. Sua estréia na literatura deu-se com Flores Agrestes.
Depois, vieram Perfis; Volatas; Boêmia do Meu Tempo; Panóplias; Evocações;
Vultos e Fatos do Império e da República; A Verdade Histórica Sobre o 15 de
Novembro; Parlendas de Palestras; O Barão do Serro Azul, entre outros. Este
último, calcado em Para a História, de Rocha Pombo, serviu de base para Os
Fuzilamentos de 1894 no Paraná, de David Carneiro, e mostra, em detalhes, os
acontecimentos que envolveram o Estado durante o confronto entre pica-paus e
maragatos. Sua é a frase esculpida na
própria herma, na Praça Osório: O meu desejo sempre foi diariamente ouvir o
nome do Paraná falado, criticado, caluniado, elogiado, combatido, difundido,
motejado, engrandecido, malsinado, mas nunca esquecido. Faleceu no Rio de
Janeiro em 19 de junho de 1950. Seus restos mortais, anos depois, foram
trasladados para Paranaguá e hoje repousam ao lado do Museu Histórico da
cidade, no prédio que serviu ao antigo Colégio dos Jesuítas. É um dos fundadores
da AcademiaParananense de Letras. Leôncio Correia (1865-1950)
Nenhum comentário:
Postar um comentário