José Pereira dos Santos Andrade, mais
conhecido como Santos Andrade (Paranaguá, 9 de abril de 1842 — Curitiba, 15 de junho de 1900), foi um comerciante, promotor e políticobrasileiro.Filho do comendador Antônio Ricardo dos Santos, foi casado com
Anna Martins de Andrade e teve as filhas Hecilda Andrade Muricy casada com João
Candido da Silva Muricy e Julia Andrade Taborda Ribas casada com Pretestato
Pennaforte Taborba Ribas. Figura de relevo na sociedade paranaense que chegou ao cargo de
vice-presidente da província do Paraná, José Pereira estudou primeiras letras
em sua cidade natal. Já aos 18 anos e longe da família aprendia a vivência de
comerciante no Rio da Prata. Do mercado platino seguiu diretamente para São Paulo e iniciou os preparatórios para
o curso de Direito. Um mal entendido com a família fez com que o curso fosse
interrompido e assim optou a seguir para Minas Gerais e ganhar a vida advogando
como provisionado. Após a pacificação com a família recomeçou a faculdade na
cidade de Recife, aonde
obteve o grau de Bacharel em Direito no ano de 1865. De regresso ao Paraná, foi
nomeado promotor público em Antonina, cidade litorânea.Após alguns
anos no cargo de promotor, cedeu aos
pedidos do pai e tornou-se comerciante em uma firma comercial e nas suas fábricas
de erva-mate, em Morretes e depois em
Curitiba.A nova carreira, entretanto, não
o proibiu de exercer cargos eletivos, elegendo-se deputado provincial em
diversas legislaturas, deputado federal e senador de 1890 a 1895.Como
representante do Paraná na capital brasileira, ajudou a elaborar a Constituição da República dos Estados Unidos
do Brasil que foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891. Outro fato marcante na capital foi o manifesto-protesto, contra
o golpe de estado do Marechal Deodoro da Fonseca de novembro de 1891, que Santos de Andrade apoiou e assinou.Na
ocasião da revolução federalista, acompanhou, muitas vezes, o Marechal vice-presidente da
república, Floriano Peixoto, nas visitas de inspeção ao Morro do Castelo e às fortificações
da Guanabara, arsenais de Guerra e da Marinha, e outros pontos de grande risco,
para onde convergiam os tiros da Esquadra revoltada, sob o comando do Almirante
Luís Filipe de Saldanha da Gama. Era então, senador. Apesar de sua posição política, ofereceu-se,
como comandante do 7º Batalhão da Guarda Nacional para seguir na vanguarda da
coluna do General Pires Ferreira. A coluna avançou por Itararé a fim de derrotar o general
revoltoso Gumercindo Saraiva e retomar o Paraná.Deixou sua cadeira no Senado quando foi eleito
para a presidência do Paraná, cargo este que se iniciou no ano de 1896.Foi presidente do Paraná em dois períodos, de 1896 a 1899 e de 1899 a 1900.Santos Andrade iniciou o governo numa época em que se achavam
vazios os cofres públicos, porém, foram anos mais calmos que os anteriores e
com serenidade e justiça, apaziguou ódios e inimizades proveniente da Revolução
federalista de 1893-94. Para que problemas fossem contornados, como a falta de
receita e os vencimentos em atraso dos funcionários, o Dr. Santos Andrade, num
belo gesto de dignidade e humanidade, deixou de receber seus próprios
vencimentos, enquanto não estiveram em dia os vencimentos dos servidores
públicos do estado. Essa remuneração, relegada durante quatro anos, só foi
recebida pelos seus herdeiros, muito tempo depois.No período final do seu
governo teve ocasião de mostrar que quando necessário fosse, sua têmpera seria
de aço, e sua energia das mais notáveis.Em um conflito político e territorial
com o estado vizinho de Santa Catarina na região denominada
"Contestado" e disputada por ambos, uma vez que nesta época a
fronteira não havia demarcação correta, uma coluna da polícia Barriga-verde, embarcada em lanchas e vapores,
tinha a nítida intenção de ocupar terras que pertenciam ao Paraná. Contrapôs
força a força e desarmou os soldados do estado vizinho, arrecadando-se, na
ocasião, todas as armas e munições, em grande profusão, aliás.Através de
coligações políticas no senado, solicitou a ex-colegas da casa que mediassem o
impasse da maneira mais agradável possível, e assim ocorreu, e ambos os
congressos estaduais, paranaense e catarinense, aceitaram o laudo arbitral do
cel. Joaquim Lacerda como definitivo e irrevogável, porém, não por muitos anos.
No início do século XX e já sem a presença do memorável Dr. Santos Andrade este
conflito retornou as páginas dos jornais brasileiros e tornou-se fato histórico
que atualmente é conhecido como "Guerra do Contestado”.A administração do então presidente paranaense terminou em 25 de
fevereiro de 1900. Menos de quatro meses após esta data, falecia, em sua
chácara no Barigui, na cidade de Curitiba, o Dr. José Pereira dos Santos
Andrade, aos 58 anos e 2 meses, de moléstia cardiovascular fulminante. Este
fato ocorreu na terceira sexta-feira de junho do ano de 1900.Como homenagem ao
ilustríssimo paranaense a cidade de Curitiba oficializou a praça em frente ao
prédio histórico da UFPR como “Praça Santos Andrade"
quinta-feira, 30 de junho de 2016
JOSÉ GONÇALVES LOBO
Coronel José Gonçalves
Lobo, nasceu em Paranaguá, a 13 de agosto de 1866. Filho de José
Gonçalves Lobo e dona Anna Aurelia de Siqueira Pereira, ambos falecidos. Foi
casado com dona Narcinda Correia Lobo e com tiveram cinco filhos José Lobo Jr., Leôncio, Jandira,
Clotilde e Ari. Começou seus estudos primários em 1876, terminando os em 1880,
na escola regida pelo inesquecível educador José Cleto da Silva. Aos 14 anos de
idade empregou se no comercio, até 1883, época em que principiou a trabalhar na
Estrada de Ferro, ahi se conservando até 1890, quando voltou de novo ao comercio
até 1897. Mais tarde foi nomeado despachante da Alfândega local. Foi
interessado da importante firma Mathias Bohn & Cia. Trabalhou,
posteriormente, na conceituada firma Munhoz da Rocha & Cia. Dahi ingressou
na política fazendo parte das fileiras opostas á situação, então dominante. Foi
aqui elemento de destaque na época da coligação
dos partidos em pugna no Estado, fazendo parte, nessa ocasião, do corpo
redactorial da LUCTA, primeiro jornal diário que apareceu em Paranaguá Republicano
histórico, além de fudador, fez parte da
primeira Diretoria do Club Republicano, fundado em 21 de Agosto de 1887, mais
tarde foi eleito presidente. Presidiu, diversas vezes, a benemerita; Loja
Maçonica Perseverança de Paranaguá, assim como muito serviço prestou á Santa
Casa de Miseriórdia, no exercício dos cargos de escrivão e provedor. Exerceu os
seguintes cargos por sufragio e nomeação: em 1890 escrivão da Coletoria
Estadual, no governodo Dr. Generoso Marques dos Santos; em 1897 agente do
Correio desta cidade; Camarista Municipal, no quatrienio de 1908/1912; reeleito
no quatrienio de 1912/1916, sendo o mais votado e, portanto, o substituto legal
do Prefeito, ocupando como tal, varias vezes, a administração municipal.
Deputado ao Congresso legislativo do Estado, em duas legislaturas, 1918-/921,
tendo sido. em uma delas, seu 2.° Vice/Presidente. Prefeito em 1916/1020 e
1920-/924. em cujo ultimo quatrienio
renunciou a tão elevadas funções para recolher-se expontaneamente ao convivio
do lar. Nessa mesma época deixou também a chefia política local Mais tarde foi
nomeado Tabelião de Notas e, posteriormente, a insistência de amigos,
reingressou na política, tendo sido eleito Camarista e sub Prefeito. e ha
pouco, por deliberação dos seus pares, eleito Presidente do legislativo
Municipal. Faleceu em, não deixando
descendência.
FONTE DO CLUBE
REPUBLICANO
JORGE LACERDA
Jorge Lacerda (Paranaguá, 20 de outubro de 1914 — São José dos Pinhais, 16 de junho de 1958) foi um político brasileiro filho de
imigrantes gregos. Foi governador de Santa Catarina, de 1956 a 1958. Estudou
medicina na Universidade Federal do Paraná. Também cursou direito na Faculdade de
Niterói, antes de entrar definitivamente
para a política, sendo foi duas vezes deputado federal. Jorge
Lacerda morreu em um acidente aéreo aos 43 anos idade. No mesmo desastre também
morreram Nereu Ramos e Leoberto Leal.Filho de imigrantes gregos, Komninos Giorgis Lakierdis e
Anastácia Joanides Lakierdis, da Ilha de Kastelorizon, Jorge Lacerda nasceu em Paranaguá, em 20 de outubro de 1914. Ele
iniciou seus estudos primários na Escola Paroquial de Paranaguá, em 1922, cinco
anos mais tarde, em 1927, ele fez o ginasial no Colégio Catarinense, em
Florianópolis. Em 1932 ele ingressou no Partido Integralista, onde ele conheceu
os intelectuais da época: Plínio Salgado, San Thiago Dantas e Augusto Frederico
Schmidt. Jorge Lacerda formou-se em medicina em 1937, pela Faculdade de
Medicina do Paraná. Viveu por muitos anos no Rio de Janeiro, onde foi
jornalista da área de cultura e oficial de gabinete do ministro da Justiça Adroaldo Mesquita da Costa. Em 1940, na Capital da República, ele trabalhou no jornal “A
Manhã”, sendo assessor do diretor Cassiano Ricardo.Bacharelou-se pela Faculdade
de Direito de Niterói (RJ) em 1949. Elegeu-se deputado federal pelo PRP em
1950, para a 39ª legislatura (1951 — 1955), reeleito
em 1954 para a 40ª legislatura (1955 — 1959); Casa-se
com D. Kyrana Atherino - 1942, também de descendência grega, e nascem duas
filhas: Irene e Zoê. Nove anos depois nasceria Cristina. É médico do antigo
Serviço de Assistência aos Menores - SANDU; Em 1945, é candidato a deputado
federal por Santa Catarina, pelo Partido de Representação Popular – PRP, a
antiga Ação Integralista Brasileira. Tem boa votação, mas não se elege por não
ter a legenda partidária necessária; No jornal “A Manhã”, funda e assume a
direção do Suplemento “Letras e Artes”, em 1946. Tem como colaboradores escritores
e artistas de renomes nacionais: Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira,
Raquel de Queiroz, João Condé, Louis Wiznitzer, Brito Broca, Ledo Ivo, Lygia
Fagundes Telles, Dinah Silveira de Queiróz, José Lins do Rego, Santa Rosa...
Este seria uma adaptação do antigo Suplemento “Autores e Livros”, de Múcio
Leão, pertencente à Academia Brasileira de Letras. Agora o Suplemento enfocaria
todos os tipos de artes, não só a literatura, mas também o cinema, o teatro, a
pintura, a filosofia... Jorge Lacerda dirige um espaço que não distingue a
concepção política. Quando a pessoa realmente tem uma vocação artística, ela é
divulgada. Não importando se é comunista, como no caso de Portinari, ou da
situação (governo do General Dutra). Além do enfoque nos acontecimentos
culturais, há, ainda, um espaço para os novos escritores divulgarem os seus
trabalhos. Com uma nova edição jornalística e abrangendo todas as classes de
artistas, o Suplemento “Letras e Artes” representa um marco importante na
literatura brasileira; Assessor do Ministro da Justiça Adroaldo
Mesquita da Costa – 1948. Numa época em que o país vive o período do pós-guerra
contra a Alemanha, Jorge ajuda os imigrantes e empresários catarinenses do Vale
do Itajaí; Cola grau na Faculdade de Direito de Niterói – 1949; Deputado
Federal em 1950, pelo Partido de Representação Popular – PRP, agora em
coligação com a União democrática Nacional – UDN. Consegue a reeleição em 1954.
Jorge viaja com freqüência para o interior de Santa Catarina, para ouvir a
população mais distante da Capital. E incentiva a montagem de maquinários de
hospitais em cidades distantes dos grandes centros urbanos: Itapiranga,
Ituporanga e Caçador. Plano do Carvão Nacional (verba para a extração do carvão
e incentivo aos mineradores); Discurso da Dragas (reforma dos portos
brasileiros). Os portos eram abandonados e sem a devida importância para o
escoamento da produção; Projeto de verba para a construção do Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro – MAM. Antes, o Museu funcionava em prédio anexo ao
prédio da imprensa municipal. Jorge Lacerda se candidata ao governo de Santa
Catarina, pelo PRP, novamente em coligação com a UDN, em 31 de janeiro de
1956.Criação da Sociedade Termelétrica de Capivari – SOTELCA, em 1957, usina
termelétrica que garantiria a independência energética do Estado. Sendo,
depois, a usina geradora da ELETROSUL. Hoje, o nome da usina é Termelétrica
Jorge Lacerda, e com a administração da empresa Tractebel Suez. Sendo a maior
termelétrica da América Latina, com uma capacidade de produção de 854 MW de
energia; Construção de 48 escolas no Estado. Incluindo o Instituto Estadual de
Educação, atualmente com 7.000 alunos. São iniciadas as bases para a construção
da Universidade Federal de Santa Catarina e, ainda, a criação e denominação da
Faculdade de Engenharia de Joinville-FEJ;Construção de 50 pontes e 10 estradas,
como a conclusão da primeira estrada asfaltada estadual, ligando Blumenau à
Itajaí e reforma da estrada D. Francisca, que liga a BR-101 à São Bento do Sul;
Construção do Fórum de Tubarão, da Coletoria de Joaçaba e o Edifício das
Diretorias em Florianópolis;Construção de diversas obras isoladas: 4 delegacias
de polícia, 7 postos de saúde, instalações da Maternidade Carmela Dutra, uma
usina emergencial de energia, uma subestação transformadora, um posto de
puericultura, uma residência e 4 prédios para o DER.O seu governo é marcado por
uma reestruturação em termos gerais da administração. Quando recebeu o governo
das mãos do ex-governador Irineu Bornhausen, o saldo na balança financeira
estadual era positivo. Fato que continua até o final de seu governo e do
vice-governador Heriberto Hülse. Que tomaria posse no seu cargo, logo após o
seu falecimento. O Estado de Santa
Catarina entra em acordo com Rio Grande do Sul, Paraná, e São Paulo, através
dos governadores Moisés Lupion, Ildo Meneghetti e Jânio Quadros. Para agilizar
o tráfego e aquisição dos produtos advindos de seus Estados. Com o governador Ildo Meneghetti, inicia-se
um estudo para o aproveitamento da bacia hidrográfica do rio Uruguai. Todos os
municípios recebem pontualmente os 5%, na distribuição das verbas estaduais,
como constante no artigo 5º da Constituição Federal. São Paulo é um dos únicos
Estados brasileiros a honrar este compromisso, e pagando apenas 4% da cota. Acontece o maior aumento do funcionalismo
público estadual, com 70% dos seus vencimentos.
Jorge Lacerda mostra, em 31 de janeiro de 1958, ao completar 2 anos de
governo, as realizações de sua administração no Teatro Álvaro de Carvalho, em Florianópolis. Com exposições de fotos das obras em execução
em todo o Estado. Na área cultural há um
incentivo a todas as classes de artistas. O governador viaja para São Paulo,
onde financia a apresentação da Ópera Anita Garibaldi, do maestro Heinz Geyer,
no Teatro Municipal de São Paulo. No cinema, tem-se o apoio do governo para a
gravação do primeiro longa-metragem catarinense: “O Preço da Ilusão”, de Armando
Carreirão e Salim Miguel. Que, também, fazem parte do Grupo Sul e lançam, com a
ajuda do governo, a Revista Litoral. É nesse governo que acontece a reforma do
Museu de Arte de Santa Catarina. Em 18 de abril de 1958, é publicado no Diário
Oficial, o Decreto nº7, para a construção da nova Biblioteca Pública Estadual
de Florianópolis, com Centro de Pesquisas, no pátio do Palácio Cruz e Souza.
Este projeto é elaborado no Rio de Janeiro, pelos arquitetos Oscar Niemeyer
Filho e Flávio de Aquino. Este fato não
fora concretizado, entre tantos outros, como a usina siderúrgica de Laguna.
Devido à morte prematura do governador.
É feito o primeiro Levantamento Aerofográfico de Santa Catarina. Para
auxiliar na expansão das estradas e nos estudos das bacias hidrográficas. Santa
Catarina colabora com a madeira e com provimentos alimentícios para a
construção de Brasília, a nova Capital Federal. No dia 15 de junho de 1958, a
convenção do PSD, em Florianópolis escolhe Carlos Gomes de Oliveira para
candidato ao senado. Antes eles teriam escolhido Plínio Salgado. Jorge Lacerda
mostra-se surpreso, pois saberia desta opção. Isto é, um candidato ao senado
sendo o presidente do seu partido e pertencente a uma chapa de oposição a sua.
Jorge deveu muito sua eleição a Irineu, que seria o candidato da UDN ao senado.
E resolve viajar no dia seguinte, em 16 de junho, na segunda-feira, para São
Paulo e conversar com Plínio a respeito da convenção do PSD. Nessa viagem,
Jorge também iria conversar com o prefeito de São Paulo Jânio Quadros sobre
questões políticas. Regressaria na próxima quarta-feira, acompanhando o
presidente Juscelino, que viria a Santa Catarina assinar em Criciúma as bases
da construção de uma usina siderúrgica na cidade de Laguna. Acontece, então, o
fatídico acidente envolvendo as três maiores figuras políticas do cenário
catarinense. Jorge Lacerda morre aos 43 anos em acidente de avião em Curitiba,
juntamente com o ex-presidente e senador Nereu Ramos e o deputado federal
Leoberto Leal, em 16 de junho de 1958. Hoje são encontradas no Estado diversas
homenagens a Jorge Lacerda, incluindo a Termelétrica
de Capivari, rodovias, praças, escolas, e até
mesmo um município com o nome de Lacerdópolis.
HUGO PEREIRA CORREA
Nascido em Paranaguá no dia 16 de fevereiro de 1911, filho de
Prisciliano da Silva Correa e Porcia Pereia Correa. Fez primeiras letras no Colégio São Jose.
Cursou o primario no Colégio Nossa Senhora do Carmo dos Frades Carmelitas. Foi
aluno do Curso Preparatório do Prof., Eugenio Figueiredo Condessa e aluno da
Escola Complementar, que funcionava no andar térreo da Prefeitura , tendo com o
professoras, Dona Hilária Fernandes e
Maria José Faria . Em 1927 matriculou-sena Escola Normal "Dr .Caetano
Munhoz da Rocha" onde se diplomou
Professor em 1929 . Transferindo-se para Curitiba , fez em três anos o curso de
Madureza no Colégio Progresso , Em 1937 ingressou na Faculdade de Direito da
Universidade do Paraná onde recebeu o diploma de Bacharel em 19 de dezembro de
1941. De 1928 a 1933 foi professor primário da Escola de Aplicação anexa a
escol a Normal, em Pguá. De 1933 a 1937 fo i professor de Geografia , Historia
e Instrução Moral e Civica, da Escola Normal
em Pgua . Desde 1937, professor de Geografia e Historia nos cursos
ginasial e cientifico do Colégio
Estadual José Bonifácio. De 1954 a 1955 foi professor de Estudos
Brasileiros e Paranaenses na Escola
Normal. Foi Diretor do Colégio Estadual José Bonifácio e Diretor da
Escola Normal "Dr. Caetano Munhoz da Rocha. Foi Inspetor Municipal do
Ensino, em Paranaguá, Guaratuba, Matinhos e Guaraquessaba. Foi Promotor Publico interino da Comarca em varias
ocasiões. Desde 1947 desempenha o cargo de Consultor Jurídico da Administração
dos Portos de Paranaguá e Antonina. Desenvolveu atividades em Instituições de
caráter cultural, recreativo e assistencial, da cidade. Foi secretário do Tiro
de Guerra 99. Foi Presidente da Confederação de Pescadores do Paraná. Membro do
Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. Foi Sócio Fundador do Instituto
Histórico e Geográfico de Paranaguá, Foi fundaodr do Centro de Letras de
Paranaguá "Leoncio Correia" Provedor da Santa Casa de Misericórdia de
Paranaguá, tendo sido também Secretário e Mordomo dos Presos Pobres. Foi
Presidente, secretário e bibliotecário do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá
. Foi Presidente do "Clube Litterário", sendo titulado Diretor
Honorário por ter sido bibliotecário durante mais de 6 anos consecutivos. Militou na politica, foi eleito pelo P.S.D. Vereador
em 1946, exercendo seu mandato na Camara Municipal durante quatro anos. Colaborou
na imprensa e no radio, desde 1931, escrevendo para revistas e jornais sobre
historia e literatura. Colaborou na revista do Instituto Histórico, em Marinha,
no Diário do Comércio, O Itibere e no O
Imparcial, de Paranaguá; no Diário da Tarde, de Curitiba . Casou em 26 de
dezembro de I941 com Dona Angelina
Ressetti , tendo o casal, dois filhos:
Hugo e Maria Beatriz. -Faleceu em Paranagua em 17 de junho de 1998
HUGO GUTIERREZ SIMAS
Hugo Gutierrez Simas
(1883-1941) Nasceu em Paranaguá, dia 23
de outubro de 1883, filho do republicano Fernando Machado Simas e Helena
Gutierrez de Simas. passou sua infancia em Paranaguá, onde se formou no
primário. Cursou o médio e o superior no Rio de Janeiro, se formando em
farmacia na Academia de Medicina do Rio de Janeiro. Sua intenção em se formar farmaceutico foi
para ajudar seu pai nos negócios da família.
Exerceu a profissão por 5 anos, quando posteriormente resolveu cursar
direito na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Com grande habilidade para escrever, foi
convidado para ridigir o "Diário da Tarde" e o "Comércio do
Paraná". Foi escriturário da
Estrada de Ferro Central do Brasil, preparador de historia natural no Internato
do Colégio Pedro II. Ainda nesse interesse em
escrever, fez 18 obras literárias e juristas, chegando ao Centro de Letras do
Paraná e na Academia Paranaense de Letras.
Já em 1887 sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde realizou
seus estudos, até a graduação em Direito. Ao retornar ao Paraná, exerceu a
Promotoria Pública em Antonina, Palmeira e Rio Negro. Junto com Victor Ferreira
do Amaral, Nilo Cairo da Silva, Daltro Filho e outros fundaram a Universidade
do Paraná em 1912. Mais tarde, catedrático, lecionou várias disciplinas. Dirigiu
a Biblioteca e o Instituto de Assistência Judiciária. Militou no jornalismo
político redigindo artigos para o Diário da Tarde e Diário do Comércio.
Elegeu-se deputado estadual, porém, não se adaptando às injunções políticas,
renunciou ao mandato para voltar à carreira jurídica. Em 1921, tornou a mudar-se para o Rio de
Janeiro, onde praticou intensa advocacia e exerceu o cargo de consultor
jurídico do Lloyd Brasileiro. Em 1931, foi chamado para integrar a Comissão Legislativa
na 7a Sub-Comissão de Direito Marítimo, quando redigiu os Livros II e III do
Projeto do Código Marítimo, obra de fôlego. E, ainda, Comentários ao Código de
Processo Civil. Em 1938 publicou o Compêndio de Direito Marítimo Brasileiro e,
no ramo de Direito Aéreo, elaborou o Código Brasileiro do Ar, em 1939. Antes
porém, em 1932, retornara a Curitiba, quando fora nomeado Procurador Geral do
Estado. No ano seguinte, desembargador do Tribunal de Justiça, então Tribunal
de Apelação. Ocupou a presidência do Tribunal Regional Eleitoral em 1937. Além
de publicações na área do Direito, foi autor de obras literárias, tais como Na
Festa de Clóris (1913); O Crime do Hotel Biela (1915); Olavo Bilac (1919);
Paranaguá e a República (1940); Romance de Amor do Poeta (1941); O Comando de
Caxias na Guerra do Paraguai (1951).
Conferencista, suas crônicas andam espalhadas pelos nossos periódicos
acobertadas sob alguns dos seus pseudônimos, como Clódio de Toledo, Mnesarcho
de Samos, Poty Veniero e Santos Gomes. Redigiu, a pedido do ministro da
Justiça, o anteprojeto da Lei Orgânica dos Transportes. Foi jurista da mais
alta expressão e prestígio..Casou-se com Branca Guimarães Simas, falecida no
Rio em 1977, com quem teve duas filhas.
Faleceu em 27 de Outubro de 1941 no Rio de Janeiro, aos 58 anos, no cargo de
Desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná.
GENÁRO RÉGIS PEREIRA DA COSTA
Genáro Régis Pereira
da Costa, nasceu em Paranaguá, no dia 5 de outubro de 1901. Filho de
João Régis Pereira da Costa e de dona Joaquina Morais Pereira da Costa. Fez
seus estudos nas cidades de Paranaguá, Santos, Curitiba e Vitória. Em 1924
contraiu matrimônio com a senhora Eloina Rocha Pereira da Costa, não deixando
descendência. Dirigiu, como diretor, o "Diário do Comércio" e a
sucursal do "Diário da Tarde"
e colaborou em várias revistas e jornais. Advogado, por espaços de vinte anos,
exerceu, nesse período, a Promotoria Publica da Comarca. a Delegacia Regional
de Polícia e a chefia do Contencioso Municipal. Presidiu os Clubes Republicano,
Litterario, Tiro de Guerra 99, Elite, Santa Ritta e a Liga Desportiva do
Litoral, tendo fundado algumas instituição culturais e desportivas, algumas das
quais se apresentam em franca atividades. Exerceu, também, função eletivas
municipal e cargo publico federal, no qual se aposentou. Exerceu o cargo de
Presidente do Instituto Histórico e Geografico de Paranaguá e membro do Centro
de Letras de Paranaguá "Leôncio Correia".
FRANCISCO ACCYOLI RODRIGUES DA COSTA FILHO
Nascido em Paranaguá no dia // de
////// de ////. Filho de Francisco
Accioly Rodrigues da Costa e Teresa Sílvia Rodrigues da
Costa. Advogado formado
pela Universidade Federal do Paraná, foi professor da referida instituição e dirigiu em Curitiba o jornal O Dia. Diretor
da Penitenciária Central do Estado do Paraná nos anos finais do governo Manoel Ribas, elegeu-se deputado estadual via
PSD em 1947, 1950 e 1954 chegando a ser presidente do
legislativo. Eleito deputado federal em 1958, 1962 e 1966, integrou o PDC durante um curto período por divergir do governador Moisés Lupion.Eleito senador em 1970, indispôs-se com a ARENA e não obteve legenda para disputar a reeleição em virtude de
atitudes como a relatoria do projeto de reforma do Poder Judiciário cuja rejeição foi o pretexto para que o Governo Geisel decretasse o Pacote de Abril, ou o projeto que extinguia a figura do senador biônico.entre seus
trabalhos parlamentares foi relator da Constituição estadual de 1947, um dos
autores da lei que implantou o divórcio no Brasil, além de relator geral da lei
do Código do
Processo Civil de 1973. Foi vice presidente da Câmara dos Deputados e no exercício desse cargo empossou o presidente Emílio Garrastazu Médici em 1969, chegando depois à
vice-presidência do Senado Federal. Como delegado do Brasil, esteve na Assembleia Geral Ordinária da Organização das Nações Unidas em 1967 e 1974, além da Conferência de Estocolmo em 1972, entre outras tarefas e cargos
internacionais que representou a nação brasileira.
Outras
atividades
Entre 1933 e 1937, colaborou para
o jornal Gazeta do Povo e para a Revista Fon-Fon e escreveu
para os periódicos A Ideia e O Dia entre 1938 e 1943, além de ter fundado a Faculdade de Direito de Curitiba, sendo um dos fundadores da instituição, precursora da Universidade Federal do Paraná. No governo paranaense foi chefe de gabinete da Secretaria de
Viação e Obras Públicas, delegado auxiliar da Polícia Civil e chefe de gabinete
da Secretaria do Interior e Justiça e Segurança Pública.
É o patrono da cadeira n° 12 da
Academia Paranaense de Letras Judiciárias e faleceu no dia da sua posse no
Instituto dos Advogados do Paraná (IAP), após sentir-se mal ao discursar no
evento. Horas depois, foi constatado seu óbito em função de um colapso cardíaco[6] .
FRANCISCO ACCYOLI RODRIGUES DA COSTA
O Dr. Francisco Accyoli
Rodrigues da Costa, nasceu em Laguna Estado de Santa Catarina, a 7 de
setembro de 1878. Era filho de Francisco Isidoro Rodrigues da Costa e de dona
Maria Lins Rodrigues da Costa. Casado com a dona Tereza Silvia Rodrigues da
Costa e tiveram filhos, Francisco Accyoli Rodrigues da Costa Filho.. Realizou
todos os estudos em Recife, Estado de Pernambuco, onde se diplomou bacharel em
Ciências Jurídicas e Sociais. Recebeu o diploma no ano de 1901. Dentre os
cargos que o Dr. Francisco Accyoli exerceu honesta e dignamente, destacamos:
Advogado da Estarada de Ferro São Paulo / Rio Grande, diretor de Tomada de
Costas da Secretaria de Fazenda do Estado do Paraná, diretor do Arquivo
Público, diretor geral da Colonização, jornalista brilhante, Promotor Público e
Prefeito Municipal de Paranaguá. Foi um prefeito de ação criteriosa e honesta,
realizou grandes melhoramentos. Colaborou em vários jornais, na revista
"Itiberê" da cidade de Paranaguá e fundou o jornal "Diário do
Comércio" desta cidade. No jornalismo destacou-se como critico literário.
Pertenceu varias diretorias e foi presidente do Club Litterario. Homem de
invejavel saber, administrador probo, o nosso ilustrado patricio, na modestia
de seu viver não escapou as manifestações de simpatia e de estima de seus
sinceros amigos. O Dr. Accyoli foi um cidadão que gozou da amizade e da
consederação dos seus patrícios, tendo-se destacado nos meios sociais e
politicos em que viveu. Faleceu em Curitiba, a 23 de fevereiro de 1933.
FERNANDO AMARO
Fernando Amaro de
Miranda (1831-1857)(1º POETA PARANAENSE) Filho de Antônio Dionízio de
Miranda e de Ana Rosa de Miranda, nasceu em Paranaguá no dia 24 de junho de
1831. De profissão, foi guarda-livros. Cronologicamente, é considerado o
primeiro poeta paranaense, dos principais representantes do Romantismo. Passou
a maior parte da vida na cidade de Morretes. Teve infância triste. Do pai não
herdara nem nome nem fortuna.Dedicou-se ao comércio, confiante na prosperidade
pessoal. Dotado de rara sensibilidade, mesmo no meio acanhado em que vivia foi-lhe
possível desenvolver os dotes poéticos. Seus versos, impregnados de melancolia,
revelavam uma alma sofrida e inconformada. Segundo Maria Nicolas em Vultos
Paranaenses, era excelente seu talho da letra. Os versos são rebuscados do
mesmo tom romântico, da mesma tristeza dolente que caracterizavam as
composições rimadas de Casemiro de Abreu e Fagundes Varela. Um exemplo: As
mágoas que rebentaram / Que tão cruéis me roubaram / A cor e o brilho do rosto
/ Bem ocultá-las quisera / De quem pior que uma fera / Se ri de alheio
desgosto. Não conseguiu vôos mais altos no firmamento poético em face da idade,
do meio e da época em que viveu, praticamente sem recursos para publicar seus
trabalhos. Recorreu, todavia, aos jornais e revistas para levar ao público os
frutos de seu talento criativo. Escreveu também peças teatrais, dramas que
infelizmente acabaram por extraviar-se, entre as quais Ialmar, Triunfo dos
Agredidos e Alboim. Suas colaborações são encontradas nos seguintes órgãos:
Dezenove de Dezembro, Almanaque Paranaense, Almanaque da Câmara Municipal de Paranaguá, O
Sapo, O Itiberê, Álbum do Paraná e Sonetos Paranaenses. Seu único livro,
publicado post-mortem, é de 1901, sob o título Versos, pela Editora Sapo.
Tentou em vida publicar Pulsações de MinhAlma, mas em vão. Faleceu em Morretes,
dia 16 de novembro de 1857.
EUPHRASIO CORREIA
O
jovem Euphrásio Correia era filho do Dr. Manoel Euphrásio Correia e de da.
Maria Carmelina Correia. Nasceu no ano de 1874. Na cidade de Salvador, Estado da
Bahia, fêz o curso primário no Colégio "Sete de Setembro". Obteve
sempre as melhores notas, tanto pela aplicação, como pelo bom comportamento. Na
época em que Euphrásio Correia cursava o secundário, havia o uso da palmatória
pelos desalmados professores. Pois bem. Enquanto os seus colegas ganhavam dúzias
de "bolos" nas mãos, o nosso jovem só recebeu um, durante todo o curso.
Findos os preparatórios, ingressou na Faculdade Livre de Direito do Rio de
Janeiro, continuando como um dos alunos mais distintos."Republicano
ardoroso, alistou-se no Batalhão Acadêmico, organizado para a defesa da
República”."Trocou os livros pelas armas e, levado pela paixão patriótica,
procurou os postos mais avançados para combater os seus adversários". Tomou
parte em vários combates. Pela denodada atuação, recebeu as divisas de cabo e, posteriormente,
as de sargento. Comandou uma peça de artilharia. Estando seriamente ameaçada da
Armação, Niterói, Estado do Rio, êle fora enviado para esse local. Fazia-se
mister evitar o desembarque dos rebeldes. A luta foi cruenta e demorada; a
guarnição legal enfraqueceu de tal sorte que, ao desembarque dos marinheiros revoltosos,
feriu-se luta corpo a corpo. Euphrásio Correia embora, assistindoa deserção das
suas fileiras e a morte dos que defendiam com denodo, a posição assaltada,
permaneceu no seu posto, guardando a peça de artilharia que fora confiada ao seu
comando. Ai recebeu morte heróica, trucidado a macha dadas pelos marujos
federalistas, no memorável combate ocorrido a 9 de fevereiro de 1894. "Pagou
com sua promissora vida de jovem estudante, que era uma das legítimas
esperanças do Paraná, a sua dedicação ao regime republicano".
ERBO STENZEL
-Erbo
Stenzel, Nasceu em Paranaguá a17 de dezembro de 1911. Filho de João e Maria Stenzel, descendentes de alemães e austríacos.O casal teve oito filhos, sendo quatro mulheres e quatro homens. Foi um
artista plástico e escultorparanaense. Stenzel é responsável por inúmeros monumentos e bustos de personalidades
políticas e locais do Paraná.Erbo quando criança estudou na Deutsche Shüle
(Escola Alemã), que se situava onde hoje está a Praça
Dezenove de Dezembro.Iniciou sua
formação, no campo as artes plásticas, com Lange de Morretes e mais tarde Turin. Frequentou, no Rio de Janeiro, a Escola
Nacional de Belas Artes e o Liceu de Artes e Ofícios.
Sua produção global compreende: desenhos, gravuras e esculturas.Ao longo de sua
vida, por questões de sobrevivência, não se dedicou exclusivamente às artes
plásticas. Trabalhou na Machine Cottons Limitad, de 17 de janeiro de 1927 a 31
de junho de 1930, na Fábrica de Móveis e Imagens de Gerd Claassen e Kaminski,
foi modelador de 1° de novembro de 1933 a 24 de dezembro de 1934. Também
trabalhou no Departamento de Terras e Colonização, como desenhista auxiliar, de
setembro de 1936 até fevereiro de 1939, quando pediu demissão e transferiu-se
para o Rio de Janeiro para dedicar-se aos estudos.Fixou residência no Rio por
aproximadamente 10 anos, período em que aprofundou seus estudos como escultor e
posteriormente como gravador, retornando a Curitiba em 1949 para lecionar na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, assumindo interinamente a cadeira de Anatomia e Fisiologia Artística
como professor catedrático, tendo sido efetivado em setembro de 1968. Foi
também contratado pela Secretária de Educação e Cultura, como inspetor de
alunos do Instituto de Educação em maio de 1950.O processo de formação de novos
artistas dedicados à arte escultórica era dificultado pela falta de um atelier
com dimensões próprias para o desenvolvimento das atividades pertinentes a esta
arte. Em 1950 montou o seu atelier na Rua Nilo Peçanha.Entre a produção de seus
trabalhos artísticos e a atividade docente, Erbo dedicava-se também seu tempo
aos estudos de xadrez, que lhe rendeu muitos prêmios e reconhecimento nesta
área.Recebeu vários convites para participar, como jurado, em salões de arte,
entre eles: II Salão de Artes
Plásticas para Novos (1958); =52° Salão Nacional de Belas Artes (1947); =9°
Salão Paranaense de Belas Artes (1952); = 14* Salão de Belas Artes de Primavera
(1962). Foi também membro da comissão que opinou sobre a aquisição do trabalho
de Turin "Luar no Sertão" pela prefeitura de Curitiba em 1965.Seu
interesse pelas artes plásticas transcendia sua própria produção e pode ser
avaliado na farta documentação que reuniu sobre as atividades artísticas de seus
contemporâneos, como: Zaco Paraná, João Turin, Lange de Morretes, Poty Lazzarotto e alunos como Jair Mendes, Abraão Assad, Fernando Velozo, entre
outros.Em 1971, quando a paralisia comprometeu sua autonomia, Stenzel deixou a
casa onde morava para viver no Lar Dona Ruth, sendo transferido mais tarde para
o Lar Bethesa da Associação Cristã Menonita, onde morreu no dia 23 de julho de
1980.Em 22 de junho de 1998 foi inaugurada a Casa Erbo Stenzel, museu destinado a manter o acervo
biográficos do artista.Eventos com a participação de
Erbo StenzelSalões Oficiais = III Salão Paranaense – “Minha Mãe” – 07
retratos (1934); = XLVI Salão Nacional de Belas Artes – “Retrato de J. Turin –
Retrato de Colega, medalha de prata (1940); = XLVII Salão Nacional de Belas
Artes – “Retrato”, busto em gesso tamanho natural, prêmio viagem ao exterior –
medalha de prata (1941); = XLVIII Salão Nacional de Belas Artes – “Retrato de
Poty”, Prêmio Ilustração Brasileira – medalha de prata (1942); = VIII São
Paulista – “Retrato” – grande medalha de prata (1942); = II Salão Fluminense –
“Busto” (1942); = I Salão de Primavera – Centro
de Letras do Paraná – “Busto J.
Turin”, prêmio Diretoria Geral de Educação (1943); = XLIX Salão Nacional de
Belas Artes – “Jorge Campos” busto em gesso – medalha de prata (1943); = L
Salão Nacional de Belas Artes – “Água pro Morro” estátua em gesso – medalha de
prata (1944); = LI Salão Nacional de Belas Artes (RJ) – júri div. gravura
(1945); = LII Salão Nacional de Belas Artes – júri div. escultura (1947); = V
Salão Paranaense de Belas Artes – “Cabeça de Freyesleben – fora do concurso
(1948); = VI Salão Paranaense de Belas Artes – medalha de prata (1949); = LIV
Salão Nacional de Belas Artes (RJ) – júri sec. escultura (1949); = VII Salão
Paranaense de Belas Artes – “Silveira Neto”, bronze e gesso – “Des. Clotário
Portugal, bronze – “Prof. J.F”, bronze – “Poty”, gesso (1950); = III Salão de
Belas Artes Primavera – Clube Concórdia – “Água pro Morro” – medalha de ouro
(1950); = VIII Salão Paranaense de Belas Artes – “Júlia Wanderley”, gesso –
“Artur Silva”, gesso – “Frederico Virmond”, mármore (1951); = IX Salão
Paranaense de Belas Artes – comissão julgadora (1952); = I Salão de Maio
(Curitiba) (1952); = V Salão de Belas Artes da Primavera – “Prof. Pacheco da
Rocha”, busto – “Dr. Caetano Munhoz da Rocha”, busto – fora do concurso (1952);
= VI Salão de Belas Artes de Primavera (comemorativo ao I centenário do Paraná)
– “Cabeça” – fora do concurso (1953); = LVIII Salão Nacional de Belas Artes –
medalha de prata (1953); = Salão Paulista de Belas Artes – medalha de prata
(1953); = XIV Salão Paranaense de Belas Artes – “Paula Gomes”, gesso (1957); =
II Salão de Artes Plásticas para Novos – comissão julgadora (1958); = XVII
Salão Paranaense de Belas Artes – júri (1960); = I Salão Anual de Curitiba -
“retrospectiva paranaense” (1960); = XIII Salão de Belas Artes de Primavera –
Júri (1961); = XIV Salão de Belas Artes de Primavera – Júri (1962). = Exposições =
1941 – I Exposição Sociedade Amigos de Alfredo Andersen – Edifício Garcez – Curitiba; = 1944 –
Exposição de Arte Paranaense no Rio de Janeiro – Sociedade Amigos de Alfredo
Andersen; = 1952 – Exposição Permanente de Artistas Paranaenses – Departamento
- Curitiba; = 1974 – Três Escultores do Paraná – BADEP – Curitiba; = 1975 – Artes e Técnicas
Artísticas – BADEP – Curitiba; = 1976 – Discípulos de
Andersen – Artistas independentes – Curitiba; = 1980 – Encontro Nacional de
Críticos de Arte – Fundação Cultural de Curitiba – Curitiba; = 1986 – Tradição
e Contradição – Museu de Arte Contemporânea – Curitiba. = Obras = Busto de João Turin - 1940 = Busto de Poty
Lazzarotto - 1948 = Busto de Allan Kardec - s/d = Torso do Trabalhador - 1941 =
Água pro Morro - 1944 = Krishnamurti - gravura s/d = Projeto para o "Homem
nu" = Projeto para a "Mulher Nua" = Ligações
externas = Artistas Plásticos em Curitiba = O Paraná Esta Nu Jornal Comunicação da UFPR
DOMINGOS VIRGÍLIO DO NASCIMENTO
Domingos Virgílio do Nascimento, Nascido em Guaraqueçaba, em 31 de maio de 1862, foi um dos fundadores
do Centro de Letras do Paraná e membro também da antiga Academia de Letras. Nas
sessões do Centro de Letras, sempre comunicativo, risonho e franco, não
lembrava o severo militar da Arma de Artilharia. Filho de pais pobres,
pescadores, fez as primeiras letras em Paranaguá. Em Curitiba, matriculou-se no
Instituto Paranaense, onde completou com destaque o curso de Humanidades. Daqui
partiu para a Escola Militar da Praia Vermelha. Do Rio foi para o Rio Grande do
Sul, onde se colocou a serviço da propaganda abolicionista e republicana, ao
lado de Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros e outros. Proclamada a
República, regressou vitorioso à terra natal, com o curso das Três Armas, como
tenente. Militar, poeta, prosador,
jornalista, político, inventor e industrial, suas crônicas se encontram nas
páginas amarelecidas de todos os jornais e revistas curitibanos. A sua obra
publicada não é pequena e vale aqui ser citada: Revoadas (versos, 1883); Trenós
e Arruídos (versos, 1887); O Sul (prosa, 1895); Em Caserna (contos militares,
1901); Pelo Dever (discurso, 1902); Flora Têxtil (prosa, 1908); A Hulha Branca
no Paraná (estudo, 1914); Dr. Vicente Machado (estudo político-social, em
colaboração, sem data). A turrice de um superior hierárquico, General Comandante
do Distrito Militar, que o puniu por indisciplina, e uma prisão injusta,
obrigou-o a ensarilhar as armas. Dias depois, em humorísticos alexandrinos,
convidou José Raposo, da revista A Semana, a visitá-lo na jaula: Um animal
feroz, um redator deposto! Tal incidente redundaria em conseqüências
perduráveis para a sua carreira militar.
Grande coração, dono de uma bondade extrema, com carinho atendia os
pedintes, os pobres que o procuravam em sua residência. Trabalhava muito em seu
gabinete de estudo, folheando livros de sua biblioteca pequena e selecionada.
Apreciador da música, era comum vê-lo rodeado dos filhos, a tocarem violino,
violoncelo e piano. Até no último instante da vida teve a energia de exclamar:
Eu sei que morro, mas protesto contra esta morte. Faleceu em Curitiba em 30 de
agosto de 1915.
DIDIO IRATIM AFONSO DA COSTA
Didio Iratim Afonso da Costa, nasceu em Guarapuava, em 27 de agosto de 1881.
Descendente de alemães, estudou Humanidades no Colégio Parananense, em
Curitiba, sob a direção do professor Claudino dos Santos. Concluídos os
preparatórios, matriculou-se na Escola Naval do Rio de Janeiro em 1899, numa
turma de 132 aspirantes. Promovido a guarda marinha em 1903, partiu viagem de
instrução a bordo do navio escola Benjamim Constant, com destino as Estados
Unidos e aos países europeus. Ás impressões desse cruzeiro era traduziria, mais
tarde, no livro Nas águas da Gosconho, de 1939. Oficial brilhante, galgou todos
os postos até o de Contra Almirante, em outubro de 1950. Mas, ao lado do homem
voltado para o mar, vale a pena citar sua curta experiência de politico, como
prefeito de Paranaguá e como deputado estadual, chegando a ser lembrado como
candidato à presidente do Estado. Foi Capitão dos Portos e Comandante da Escola
de Aprendizes Marinheiros, ambos em Paranaguá. Por seus méritos, fez jus às
comendas da Ordem do Mérito Naval e da Ordem Militar de Aviz, além de outras
condecorações pertinentes à vida de marinheiro. Técnico abalisado, historiador,
poeta, deixou várias obras, destacando-se as biografias Julio de Noronha e
Saldanha da Gama, ambas de 1944; Barroso, Tamandaré e Inhaúma, 1922; O Mar e o
Brasil, 1941; Subsídios para a História Marítima do Brasil, em nove
volumes; O Brasil e o Ciclo das Grandes
Navegações, 1940, e o Bogio de seu Patrono, o Marechal Bormonn, 1924. Membro de
várias instituíçoes culturais, de vários Instituto Históricos e de várias
Sociedade Geográfica, e do Centro de Letras do Paraná e da Academia de Letras
do Paraná, casou com em Curitiba com dona Olivia Faria, filha do grande
politico e presidente da Provincia do Paraná, Faria Sobrinho, com ela teve o
seu Francisco Jejuhi. Colaborador de varios periódicos, poeta, cronistas,
escondendo-se sob o pseudonimo de Herculano Mariz. Faleceu no Rio de Janeiro,
em 23 de março de 1953, no posto de Almirante
CARLOS DA COSTA SOARES FILHO
O Major CARLOS DA
COSTA SOARES FILHO nasceu em Paranaguá-PR em 24 de setembro de 1866. Mudou-se
para o Rio de Janeiro em 1882, onde trabalhou no comércio de tecidos.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, cursando Farmácia,
formando-se em junho de 1889. Transferiu-se para Formiga, onde se casou, e logo
depois veio para Patos, onde exerceu a profissão por muitos anos, sendo um dos
pioneiros no ramo. Foi professor de ensino médio no antigo colégio do Dr.
Jacques Dias Maciel. Foi Vereador, eleito em 1904, quando era presidente da
Câmara o Major Jerônimo Dias Maciel. Manteve escola primária particular, ao
lado da esposa Maria Carolina Andrade Soares, no fundo do Largo da Matriz, hoje
Praça Dom Eduardo. Faleceu em Formiga, aos 82 anos, em 04 de abril de 1949. Major Carlos, professor e farmacêutico, já
era um cidadão respeitado em Patos no início do século 20. No final de 1908 ele
recebeu um oficio convidando-o a legalizar a abertura de sua farmácia. Não
sabemos qual foi a sua reação, mas os responsáveis pelo jornal da época, O Trabalho,
por sinal o primeiro jornal de Patos de Minas, reagiram imediatamente, considerando
a atitude “um disparate”. O nosso amigo Major Carlos da Costa Soares,
habilpharmaceutico residente nesta cidade, recebeu do Dr. Valladares Ribeiro,
director da Secretaria do Interior deste Estado, um officio convidando-o a
legalizar a abertura de sua Pharmacia.
Suprehendeu-nos a nós e ao nosso amigo Major Carlos semelhante
disparate, e por mais que conjecturassemos não chegamos a conhecer a causa que
motivou o tal officio! O Sr. Major
Carlos Soares diplomou-se em Pharmacia pela Escola de Medicina do Rio de
Janeiro em 25 de junho de 1889, tem o seu diploma registrado na Secretaria da
Faculdade em 4 de julho de 1889; exerce a profissão com toda a proficiencia no
Estado de Minas ha 19 anos, sendo 9 na cidade de Formiga e 10 nesta cidade;
paga annualmente os impostos federaes, estaduais e municipaes a que está
sujeito; porque é que elle tem ilegalmente aberta a sua pharmacia? Não
comprehendemos… Muitos existem por toda esta Minas Geraes que exercem por
longos annos a profissão de pharmaceutico sem serem diplomados e sem terem
siquer a respectiva licença e não são incommodados pela Secretaria do Interior.
Estes são os felizardos que zombando da lei tiram largos proventos á custa da
ingenuidade do povo! Hoje, a família
Carlos Soares tem membros residindo em Patos de Minas, Formiga, Belo Horizonte,
Paranaguá e Curitiba-PR, Ribeirão Preto SP,
Cruz das Almas BA, Lagoas MG e RiodeJaneiro. CARLOS DA COSTA SOARES FILHO
- nasceu em Paranaguá-PR, em 24 de setembro de 1866. Segundo filho do capitão
de navio Carlos da Costa Soares e Maria Úrsula Ribeiro Soares. Com 16 anos de
idade foi trabalhar e estudar no Rio de Janeiro, sede do reinado. Matriculou-se
na Faculdade de Medicina e, em 24 de junho de 1889, colou grau em farmácia.
Acredita-se que, nesse ano, participou da equipe de paramédicos que estava à
disposição dos organizadores do famoso baile oferecido aos tripulantes do navio
chileno na ilha fiscal, Rio de Janeiro. Recebeu o título de major por serviços
profissionais prestados à monarquia. Transferiu-se para Formiga MG, onde se
casou com Maria Carolina de Andrade. Como farmacêutico trabalhou em Patos de
Minas durante 17 anos, colaborando, inclusive, nos postos de saúde. Em 1904, foi
eleito vereador patense, atividade repetida pelo seu neto Geraldo Augusto
Borges (Gaborges) no período de 1973 a 1977. Além de farmacêutico e vereador,
mantinha, com sua esposa Dona Mariquinha, uma escola de ensino médio que
funcionava no atual imóvel da esquina das ruas Alfredo Borges com Deiró Borges,
onde moram suas netas Elza e Alcídia Soares Borges. Ali perto, há uma rua em sua homenagem, a Rua
Major Carlos da Costa Soares, em que reside outra neta, a empresária Catarina
Soares Borges Teixeira.
- Fontes: Texto publicado na edição de -
08 DE DEZEMBRO DE 1908 - do jornal O Trabalho com o título “Um Disparate!”, do
arquivo do Laboratório de História do Unipam; Logradouros Públicos de Patos de
Minas, de Júlio César de Resende.
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