Fernando Amaro de
Miranda (1831-1857)(1º POETA PARANAENSE) Filho de Antônio Dionízio de
Miranda e de Ana Rosa de Miranda, nasceu em Paranaguá no dia 24 de junho de
1831. De profissão, foi guarda-livros. Cronologicamente, é considerado o
primeiro poeta paranaense, dos principais representantes do Romantismo. Passou
a maior parte da vida na cidade de Morretes. Teve infância triste. Do pai não
herdara nem nome nem fortuna.Dedicou-se ao comércio, confiante na prosperidade
pessoal. Dotado de rara sensibilidade, mesmo no meio acanhado em que vivia foi-lhe
possível desenvolver os dotes poéticos. Seus versos, impregnados de melancolia,
revelavam uma alma sofrida e inconformada. Segundo Maria Nicolas em Vultos
Paranaenses, era excelente seu talho da letra. Os versos são rebuscados do
mesmo tom romântico, da mesma tristeza dolente que caracterizavam as
composições rimadas de Casemiro de Abreu e Fagundes Varela. Um exemplo: As
mágoas que rebentaram / Que tão cruéis me roubaram / A cor e o brilho do rosto
/ Bem ocultá-las quisera / De quem pior que uma fera / Se ri de alheio
desgosto. Não conseguiu vôos mais altos no firmamento poético em face da idade,
do meio e da época em que viveu, praticamente sem recursos para publicar seus
trabalhos. Recorreu, todavia, aos jornais e revistas para levar ao público os
frutos de seu talento criativo. Escreveu também peças teatrais, dramas que
infelizmente acabaram por extraviar-se, entre as quais Ialmar, Triunfo dos
Agredidos e Alboim. Suas colaborações são encontradas nos seguintes órgãos:
Dezenove de Dezembro, Almanaque Paranaense, Almanaque da Câmara Municipal de Paranaguá, O
Sapo, O Itiberê, Álbum do Paraná e Sonetos Paranaenses. Seu único livro,
publicado post-mortem, é de 1901, sob o título Versos, pela Editora Sapo.
Tentou em vida publicar Pulsações de MinhAlma, mas em vão. Faleceu em Morretes,
dia 16 de novembro de 1857.
Muito obrigado pelas preciosas informações!
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