quinta-feira, 30 de junho de 2016

FERNANDO AMARO

Fernando Amaro de Miranda (1831-1857)(1º POETA PARANAENSE) Filho de Antônio Dionízio de Miranda e de Ana Rosa de Miranda, nasceu em Paranaguá no dia 24 de junho de 1831. De profissão, foi guarda-livros. Cronologicamente, é considerado o primeiro poeta paranaense, dos principais representantes do Romantismo. Passou a maior parte da vida na cidade de Morretes. Teve infância triste. Do pai não herdara nem nome nem fortuna.Dedicou-se ao comércio, confiante na prosperidade pessoal. Dotado de rara sensibilidade, mesmo no meio acanhado em que vivia foi-lhe possível desenvolver os dotes poéticos. Seus versos, impregnados de melancolia, revelavam uma alma sofrida e inconformada. Segundo Maria Nicolas em Vultos Paranaenses, era excelente seu talho da letra. Os versos são rebuscados do mesmo tom romântico, da mesma tristeza dolente que caracterizavam as composições rimadas de Casemiro de Abreu e Fagundes Varela. Um exemplo: As mágoas que rebentaram / Que tão cruéis me roubaram / A cor e o brilho do rosto / Bem ocultá-las quisera / De quem pior que uma fera / Se ri de alheio desgosto. Não conseguiu vôos mais altos no firmamento poético em face da idade, do meio e da época em que viveu, praticamente sem recursos para publicar seus trabalhos. Recorreu, todavia, aos jornais e revistas para levar ao público os frutos de seu talento criativo. Escreveu também peças teatrais, dramas que infelizmente acabaram por extraviar-se, entre as quais Ialmar, Triunfo dos Agredidos e Alboim. Suas colaborações são encontradas nos seguintes órgãos: Dezenove de Dezembro,  Almanaque Paranaense,  Almanaque da Câmara Municipal de Paranaguá, O Sapo, O Itiberê, Álbum do Paraná e Sonetos Paranaenses. Seu único livro, publicado post-mortem, é de 1901, sob o título Versos, pela Editora Sapo. Tentou em vida publicar Pulsações de MinhAlma, mas em vão. Faleceu em Morretes, dia 16 de novembro de 1857. 

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