Cândido Ferreira de Abreu, nasceu em Paranaguá (PR) no dia 2
de agosto de 1856, filho de Antônio Cândido Ferreira de Abreu e de Maria Cândida
Guimarães. Seu avô materno, o Visconde de Nacar, foi grande ervateiro paranaense.
Seu irmão, Alberto Ferreira de Abreu, foiGeneral do Exercito e deputado federal
pelo estado do Paraná de 1915 a 1917. Iniciou seus estudos em Curitiba, transferindo
se em 1874 para o Rio de Janeiro, então capital imperial, como objetivo de complementar
sua formação. Em 1879 matriculou-se na Escola Politécnica do Rio de Janeiro,
então conhecida como grande polo de formação de engenheiros no país. Em 1882
concluiu o curso e obteve seu diploma. Em 1884 iniciou a carreira profissional
como membro da comissão de exploração da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Por seu
bom desempenho foi agraciado, no ano seguinte, com o título de oficial da Ordem
da Rosa. Também em 1885, já reconhecido como profissional, tornou-se inspetor
de colonização no Rio Grande do Sul. Meses depois retornou ao Rio de Janeiro,
onde trabalhou para o Ministério de Agricultura, Comércio e Obras Públicas por
um biênio. A convite do então presidente da província do Paraná Alfredo
D’Escragnole Taunay, assumiu a Secretaria Geral de Obras Públicas em 1887, permanecendo
nesse cargo por trêsanos, até tornar se chefe de saneamento de Campos. Nesse período
trabalhou ainda como inspetor de terras e colonização, responsabilizando se pelo
assentamento de cerca de 130 mil imigrantes. Concorreu pela primeira vez a um
mandato eletivo em 1892, sendo eleito prefeito de Curitiba com 1.106 votos de
um total de 1.300 eleitores. Tomou posse em setembro do mesmo ano, mas manteve se
no cargo somente até 1893, quando renunciou alegando problemas no trato com os vereadores.
Sua curta gestão foi marcada pela revisão do Código de Posturas municipal e pela
tentativa de modernizar sanear a capital paranaense. Entre seus empreendimentos
mais importantes destacam-se a inauguração do sistema iluminação pública e a
ampliação da rede ferroviária curitibana, assim como a conclusão das obras da
Igreja Matriz. Em 1893 lutou contra a Revolução Federalista, conduzindo por
terra as tropas expedicionárias que reconquistaram o Paraná. Por seu desempenho
no combate, no ano seguinte foi nomeado tenente-coronel honorário do Exército
brasileiro. Também em 1894 passou a atuar novamente como engenheiro ao
tornar-se membro da comissão responsável pela construção de Belo Horizonte,
futura capital de Minas Gerais. De volta a Curitiba em 1896, assumiu novamente
a Secretaria de Obras Públicas, dessa vez nomeado pelo então presidente da
província José Pereira Santos Andrade. Trabalhou na construção de novas estradas
e na produção de mapas que dessem conta da geografia paranaense. Em 1903 foi
eleito deputado federal pelo Paraná, com mandato até 1905. Em 1906
candidatou-se a senador e foi eleito. Permaneceu no Senado até 1913, quando
renunciou para novamente comandar a prefeitura de Curitiba a convite de Carlos
Cavalcanti de Albuquerque, à época presidente do estado do Paraná. Em sua
segunda gestão, novamente empreendeu obras que visavam a sanear e modernizar o
espaço urbano da capital paranaense, com a abertura de avenidas, asfaltamento e
alargamento de ruas, e a restauração ou reconstrução de prédios. Com o término
de sua gestão na prefeitura em 1916, abandonou a política. Ao longo de sua
trajetória profissional, foi ainda diretor geral do Serviço de Colonização
paranaense e professor de física experimental na Universidade do Paraná. Faleceu
em Curitiba no dia 22 de fevereiro de
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